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31 jornalistas foram atacados na Venezuela, diz SNTP

Pelo menos 31 jornalistas foram «reprimidos, detidos e roubados» por efetivos das forças da ordem e por desconhecidos, durante os protestos contra o governo venezuelano nas últimas duas semanas, denunciou o SNTP (Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa). «Os ataques por parte de organismos de segurança, policiais e militares, e de pessoas armadas contra jornalistas aumentaram nos últimos três dias durante a cobertura dos protestos», informou o SNTP em nota.

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As agressões a jornalistas da imprensa local e internacional foram registrados, principalmente, na capital, Caracas, e nos estados Zulia, Bolívar e Apure, acrescentou o informe do SNTP. «Os ataques contra os comunicadores sociais são cada vez mais violentos, destacando-se as ameaças com armas de fogo», declarou o secretário-geral do SNTP, Marco Ruiz.

Na terça, «o correspondente da rede CNN foi roubado por homens motorizados armados. Os agressores carregaram as câmeras, equipamentos de transmissão e os telefones do jornalista», denunciou o SNTP em seu relatório.

Durante os protestos, as equipes de vídeo das agências de notícias Associated Press e AFP também foram roubadas.

Um repórter do jornal «Panorama», de Zulia (no oeste), foi «perseguido» por policiais, que o «arrastaram pelo chão para roubar sua câmera fotográfica». Em Bolívar, «pessoas armadas identificadas com o governo» roubaram dois jornalistas. Em Apure, «militantes governistas agrediram dois repórteres», acrescentou o sindicato.

O SNTP pediu ao ministro venezuelano do Interior, Miguel Rodríguez, e à militar Guarda Nacional Bolivariana «que faça circular instruções para que se proteja e se garanta a integridade dos jornalistas».

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