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Maior tufão do ano atinge Filipinas enquanto Florence mata e destrói nos EUA

Duas tempestades tropicais castigam lados opostos do mundo nesta sexta-feira, 14.

Menos de 24 horas após chegar na condição de furacão à costa leste dos EUA, a tempestade tropical Florence matou pelo menos cinco pessoas, isolou centenas dentro de prédios em risco de desabamento e desacelerou para 110 km/h, com promessas de inundações e «mais mortes» nos próximos dias, segundo autoridades americanas.

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Simultaneamente, nas Filipinas, o supertufão Mangkhut, conhecido no país como Ompong, começa a cruzar o caminho de mais de quatro milhões pessoas com rajadas de 300 km/h (o equivalente a um furacão categoria 5).

As tempestades tropicais intensas são chamadas de furacões no Oceano Atlântico e no nordeste do Pacífico e de tufões no noroeste do Oceano Pacífico.

Descrito durante a semana como «tempestade mais forte do mundo neste ano» pela OMM (Organização Meteorológica Mundial), o Mangkhut chegou a receber alerta nível quatro por autoridades filipinas. A última tempestade que recebeu esta classificação foi o supertufão Haiya, uma tragédia que matou mais de 7 mil pessoas em 2013.

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Nos EUA, as vítimas do furacão Florence incluem uma mulher e seu bebê após a queda de uma árvore na casa em que viviam em Wilmington, na Carolina do Norte.

Centenas de pessoas que optaram por não ir para abrigos e se refugiaram em andares altos ou terraços estão sendo resgatadas às pressas por equipes de segurança desde o início da manhã. Em Jacksonville, na Carolina do Norte, oficiais recolheram mais de 60 pessoas presas em um hotel em desabamento.

Do outro lado do mundo, a tempestade chegou a Luzon, maior ilha das Filipinas, na madrugada, por volta das 2 horas da manhã do horário local. Não havia informações sobre danos ou feridos até a publicação desta reportagem.

Segundo autoridades locais, o tufão tropical deve seguir para o oeste em direção a Hong Kong, onde deve chegar na tarde de domingo.

Florence

Nos EUA, avisos de evacuação estão em vigor para 1,7 milhão de pessoas na Carolina do Sul, na Carolina do Norte e na Virgínia, principais estados atingidos pela tempestade.

A nuvem enorme que chegou à costa no início da manhã desta sexta-feira perdeu velocidade, mas já deixa bairros inteiros cobertos por água e entulho e mais de 600 mil pessoas sem energia elétrica somente na Carolina do Norte.

Além das três mortes oficialmente confirmadas, o governador da Carolina do Norte Roy Cooper disse que «outras muitas possíveis mortes estão em investigação».

Espera-se que o equivalente a oito meses de chuva caia nos próximos três dias na região. Em Wilmington, palco das duas primeiras mortes confirmadas por autoridades, foram registrados os ventos mais fortes de desde 1958.

Mais de 20 mil pessoas estão em abrigos temporários. Apesar de repetidos avisos de evacuação obrigatória na última semana, parte dos moradores optaram por continuar em suas casas e agora dependem de equipes de resgate para se proteger da tempestade.

Muitos dos que ficaram têm pessoas idosas ou com dificuldades de locomoção na família. Outros afirmam que não encontraram espaço para seus animais de estimação nos abrigos oferecidos pelo governo.

Florence deve chegar ao sudeste da Carolina do Norte e entrar na Carolina do Sul durante este sábado. Os ventos da tempestade tropical já atingem 280 quilômetros no país.

Segundo o Centro Nacional de Furacões, a força das tempestades impede a drenagem dos rios que cortam os estados, ampliando «inundações catastróficas e prolongadas por quilômetros e quilômetros».

Mangkhut

Nas Filipinas, milhares de pessoas foram levadas para abrigos antes da chegada do supertufão Mangkhut, nesta madrugada.

O governo não havia divulgado informações oficiais sobre vítimas ou danos causados pelos vendavais e pela chuva até a publicação desta reportagem.

Às vésperas da entrada do tufão na ilha de Luzon, autoridades alertaram sobre a iminência de inundamentos catastróficos e «danos muito sérios» a construções.

Imagens publicadas pela Cruz Vermelha das Filipinas mostram telhados arrancados, ruas inundadas e entulho por ruas do país. Pelo menos seis regiões estão sem energia elétrica, segundo a organização.

De acordo com projeções feitas pelas Nações Unidas, a tempestade pode atingir até 48,6 milhões de filipinos.

A Bloomberg estima que os prejuízos causados pelo supertufão, que deve passar por Hong Kong, possam chegar a US$ 120 bilhões.

Como aconteceu com Florence, a velocidade do tufão deve diminuir conforme ele avança dentro do continente.

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