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Caso Walewska: pais cobram inclusão de Porsche em relação de bens deixados pela ex-jogadora de vôlei

Veículo, avaliado em R$ 348 mil, teria sido comprado pelo viúvo durante o casamento e ficou fora de espólio

Polícia diz que ela se jogou do 17º andar de prédio
Família quer tirar viúvo de Walewska Oliveira, que morreu aos 43 anos, como inventariante dos bens deixados por ela (Reprodução/Instagram)

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A família da ex-jogadora de vôlei Walewska Oliveira, que morreu aos 43 anos ao cair do 17º andar de um prédio, em São Paulo, fez mais uma exigência no espólio sobre os bens deixados por ela. Os pais pedem a inclusão de um Porsche Cayman, avaliado em R$ 348 mil, que teria sido comprado pelo viúvo da atleta, o corretor de imóveis e preparador físico Ricardo Alexandre Mendes, durante o período em que ficaram casados. Esse bem não consta na lista de partilha.

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O advogado Eric Vaccarezza, que defende a família de Wal, disse ao site UOL que Mendes fica circulando com o carro de luxo, ao mesmo tempo que passou a cobrar aluguel do apartamento em que os pais dela moram, em Belo Horizonte, em Minas Gerais. O imóvel foi um presente da campeã olímpica.

“Enquanto Ricardo desfila de Porsche pela cidade, afirmando que não tem dinheiro, ele quer despejar os pais da nossa campeã de um apartamento simples, humilde, padrão Minha Casa, Minha Vida (num prédio) com 3 andares, onde nem elevador tem, onde só se sobe de escada”, disse o defensor.

Já a defesa de Mendes destacou que todos os bens de Wal e Mendes, que eram casados em comunhão parcial de bens, foram anexados ao processo. “Eu listei exatamente os que tenho ciência. Mas os demais herdeiros também podem informar ao juízo pois tudo será ‘colocado’ no inventário para posterior partilha entre os herdeiros”, afirmou advogado João Vinícius Manssur ao “UOL”.

Como a ex-jogadora de vôlei não deixou testamento, o viúvo assumiu o posto de inventariante, o que é contestado na Justiça pelos pais de Wal. A ação segue em andamento, em sigilo.

Briga por bens

Os pais da ex-jogadora querem detalhes sobre a situação da fortuna deixada pela campeã olímpica, sendo que entre os bens estão 23 imóveis e R$ 5 milhões em aplicações financeiras.

“A dor de perder nossa filha é imensurável, mas depois disso veio Ricardo Mendes, que tivemos como filho, querer nos destruir. Não queremos guerra, a família só quer entender onde foi parar o patrimônio do fruto do trabalho de nossa campeã”, disse Maria Aparecida.

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O inventário cita que os imóveis apresentam movimentações de compra e venda, com valores que podem chegar a R$ 38 milhões.

Ricardo Mendes foi procurado pela reportagem e afirmou que não vai comentar o assunto. Já o advogado disse que o viúvo tentou várias vezes conversar com os familiares de Wal para um “acordo amigável” e que ele “sempre respeitou e continua respeitando toda a família da ex-mulher.”

Morte de Wal

Walewska morreu no último dia 21 de setembro de 2023, após cair do 17º andar do prédio em que morava, em São Paulo. Na época, o viúvo revelou que eles enfrentavam uma crise no casamento de 20 anos e que chegou a pedir o divórcio. Ele e Wal discutiram na noite anterior à morte dela e a mulher não estaria feliz com o fim da união.

Assim, Ricardo afirmou que foi trabalhar e, quando chegou em casa, não sabia que a mulher estava na área de lazer do prédio. Naquela data, às 18h07, ele recebeu uma mensagem de celular dela que dizia: “Amo você. Mas, acho que você já tomou a sua decisão”. Logo em seguida, Ricardo respondeu: “Também te amo”.

Pouco tempo depois, ele foi avisado que ela tinha caído do 17º andar. “Cheguei em casa depois de um dia intenso de trabalho, não sabia que a Wal já tinha chegado. O interfone tocou, eu não atendi. Depois vieram as mensagens pelo WhatsApp do grupo do condomínio, até que a gestora tocou a campainha da minha casa para me avisar da tragédia. Meu chão abriu e eu desmoronei”, disse o viúvo.

A polícia informou que Wal chegou a ser vista por testemunhas, que não notaram qualquer sinal de preocupação. Ela enviou uma mensagem de celular ao marido e, poucos minutos depois, houve a queda. Ela estava ingerindo bebidas alcóolicas e estava sozinha na área de lazer do prédio.

A Polícia Civil investigou o caso como morte suspeita. Em novembro de 2023, a defesa do viúvo informou que o inquérito foi concluído como “suicídio”. Porém, a corporação não detalhou as conclusões dos trabalhos e disse que elas foram remetidas à Justiça.

Causas da morte não foram reveladas
Walewska Oliveira, ex-jogadora de vôlei da Seleção Brasileira, morreu aos 43 anos (Reprodução/Instagram)

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