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Conta de luz pode pesar mais no bolso; entenda

Scott Olson/Getty Images

Com previsões de chuvas abaixo da média ao longo dos próximos meses na região dos reservatórios, a expectativa de especialistas é de que a bandeira vermelha 2, acionada em junho, se mantenha nos próximos meses.

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Para analistas do banco UBS, a previsão é que a bandeira vermelha 2, que adiciona R$ 5 às contas de luz a cada 100 kWh consumidos, continue até o final do ano. Já a Pontoon-e espera que ela siga nesse patamar até outubro, segundo a “Reuters”.

Estudo da Safira mostra que nos últimos três anos a conta de luz subiu bem acima da inflação. Entre fevereiro de 2015 e maio de 2018, a tarifa aumentou 33,4%, ante alta de 19,7% do IPCA.

Segundo  Josué Ferreira, consultor de Negócios da Safira, a disparada da tarifa, após a queda forçada pelo governo em 2012, pode ser explicada por fatores como pagamentos de encargos financeiros represados das empresas, uso intensivo de termelétricas e baixo nível de reservatórios. Outros fatores são o risco hidrológico e a alta de dólar, que tem impacto nas tarifas da usina de Itaipu.

Para Ferreira, a tendência é que as contas de luz continuem pressionadas pelo acionamento de bandeiras no segundo semestre, devido ao maior uso das termelétricas. “Como temos um cenário não confortável de reservatórios, vamos continuar pelo menos com a amarela. De forma geral, as bandeiras seguirão pressionando a tarifa”, diz o especialista, sem descartar o acionamento no patamar vermelho ao longo segundo semestre

As chuvas na região das hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste estão estimadas para este mês em apenas 78 por cento da média histórica, que já não é favorável porque a partir de maio tem início o chamado “período seco”, com menores precipitações, segundo a CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica).   METRO

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