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Editorial: Intervenção necessária

A decisão do governo de intervir no Rio para abrir um amplo combate ao crime, superando a fase improdutiva de operações de varejo, chega num momento em que o quadro de violência comandado pelo tráfico assumiu proporções insuportáveis.

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Imagens cada vez mais comuns de bandidos circulando com armas de guerra dão a dimensão da desagregação deste Estado falido, carcomido pela corrupção de autoridades e praticamente entregue ao crime organizado, que domina amplas faixas de seu território.

O apoio maciço da sociedade a esta intervenção mostra que já passava da hora de agir. O desafio é enorme, a começar pela legítima preocupação do Exército com a falta de segurança jurídica, que poderá pôr tudo a perder se não for garantida. E esta garantia deve vir, sem deixar dúvidas sobre os direitos constitucionais. Outro desafio é sanear as instituições do Estado, apodrecidas em parte pela corrupção de policiais.

Mas neste combate sem tréguas no qual o Exército será protagonista há um ponto que ainda precisa ficar claro: nenhum soldado do mundo entrará numa guerra para vencer se não se sentir protegido pelas leis do país na hora crucial de usar sua arma.

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