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Sem expansão, metrô tem 3,1% mais passageiros

Monotrilho da linha Prata passou por testes de operação | Ale Vianna/ Brazil Photo Press/Folhapress
Monotrilho da linha Prata passou por testes de operação | Ale Vianna/ Brazil Photo Press/Folhapress

O metrô transportou 1,29 bilhão de passageiros em 2013, um  aumento de 3,1% na comparação com 2012, quando 1,25 bilhão de pessoas utilizaram as estações das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha, operadas pelo  Metrô, e pela Linha-4 Amarela, sob concessão privada.

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São 106,8 mil pessoas a mais por dia em 2013, ano que registrou o recorde de passageiros em um único dia: 4,9 milhões de usuários, no dia 13 de novembro.

Mas o aumento no número de passageiros não teve como contrapartida a expansão da malha de trilhos, que encerrou o ano estagnada em 74,3 km. No ano passado, nenhuma nova estação foi inaugurada.

Como resultado, o passageiro passou ainda mais aperto dentro dos vagões. Em alguns horários, um mesmo metro quadrado chega a ser dividido por até nove pessoas. De acordo com os padrões internacionais, o máximo são até seis passageiros por metro quadrado.

Segundo o Metrô, o aumento no número de passageiros no ano passado é resultado da migração de usuários de ônibus.

Na CPTM, o total de passageiros chegou a 795,3 milhões em 2013, um aumento de 4,1% na comparação com 2012. O recorde foi registrado em 6 de dezembro (3,025 milhões de usuários).

A Secretaria dos Transportes Metropolitanos promete melhorar a qualidade  da CPTM ainda neste ano. O secretário Jurandir Fernandes afirmou ontem que os trens da linha 8-Diamante, que liga a capital a Itapevi, irão operar com “padrão de metrô” até o final de julho.

Segundo ele, 41,6 km da rede terão o CTBC (sistema de sinalização) em operação. Com ele, o intervalo médio entre trens cairá dos atuais cinco minutos para três minutos.

Ontem, foram realizados testes de operação do monotrilho da Linha 15-Prata, que ligará a Vila Prudente a região de Cidade Tiradentes, na zona leste.

Linha Amarela terá três novas estações este ano

A expansão da linha 4-Amarela, operada pela iniciativa privada,  só deve ser concluída em 2015, segundo o governo de São Paulo.

As obras para construção de 11 estações e dos 12,8 km de trilhos foram iniciadas em 2003. A promessa inicial  era de que o trecho seria entregue no final de 2006. No entanto, esse prazo foi postergado para 2007. Depois, a data foi adiada novamente e a linha só deve ser concluída no ano que vem, ou seja, 12 anos após o início das intervenções.

A primeira fase, que entrou em operação a partir de 2010, conta com seis estações: Butantã, Pinheiros, Faria Lima, Paulista, República e Luz.

O cronograma prevê a entrega das estações Higienópolis-Mackenzie, Oscar Freire e Fradique Coutinho até dezembro. Em 2015, serão colocadas em operação as paradas São Paulo-Morumbi e Vila Sônia, que também será o pátio de operação do trecho.

O governo estadual promete entregar ao todo 12 novas estações este ano, dividas entre o metrô, CPTM e monotrilho.

Tempo de espera no ponto de ônibus é maior queixa

O tempo de espera pelo ônibus foi a principal queixa dos passageiros em 2013 (39,7%), segundo ranking divulgado ontem pela SPTrans. O motorista não atender a pedidos de embarque e desembarque de passageiros (24%) e dirigir de forma perigosa (12,5%) vêm na sequência.

Desde 2011, as três reclamações ficam no topo da lista de reclamações, de acordo com a SPTrans. Ao todo, foram registradas 120.058 reclamações no ano passado, número 15% menor quando comparado ao ano anterior (141.200).

Segundo a SPTRans, programas estão sendo desenvolvidos em conjunto com as concessionárias e permissionárias para tentar diminuir o número de queixas, “priorizando a segurança dos usuários do transporte público”.

Os usuários têm dois canais para registrar uma queixa na SPTrans. O primeiro, é por meio do telefone 156, e o segundo, pelo site www.sprtrans.com.br.

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