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Novo decreto de Trump amplia deportações de imigrantes ilegais

O governo de Donald Trump irá contratar 15 mil novos agentes para atuar contra a imigração ilegal nas fronteiras e na busca aos ilegais que estejam no país, informou o secretário de Segurança Nacional, John Kelly, nesta terça-feira (21).

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Os novos contratos serão divididos entre duas agências, sendo que 10 mil serão empregados no ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas) e outros cinco mil para o CBP (Escritório de Aduanas e Fronteiras).

«É de interesse nacional dos Estados Unidos prevenir crimes e organizações criminosas que desestabilizam a segurança na fronteira», escreveu Kelly em um dos memorandos divulgados pelo Departamento de Estado.

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Segundo Kelly, foram autorizadas mudanças para a expulsão de estrangeiros do país. Até o momento, só os que eram condenados por crimes graves eram deportados rapidamente. A partir da implantação das novas ordens, aqueles que cometerem algum crime – grave ou não – e ainda não foram julgados, podem ser expulsos, bem como qualquer pessoa que ofereça «risco público à segurança ou à segurança nacional».

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No entanto, o secretário afirmou que a medida não pretende fazer uma «deportação em massa», como analistas norte-americanos estavam prevendo, e que a ordem ainda demorará um certo tempo para que tudo sejam implantado.

Apesar das novas restrições, a medida não atingirá os chamados «dreamers», os imigrantes ilegais que chegaram aos EUA ainda quando eram menores de idade. O chamado «Deferred Action for Childooh Arrivals», criado no governo de Barack Obama, manterá a proteção aos jovens e a «blindagem» contra a deportação deles.

Além disso, há um texto que fala sobre o impulso às obras de construção de um muro na fronteira com o México, onde os republicanos informaram que continuarão trabalhando ao lado de Trump para conseguir fundos para financiar a obra.

As medidas fazem parte de um conjunto de novas ordens executivas que Trump quer impor contra os imigrantes, para cumprir uma de suas promessas de campanha.

Atualmente, a Justiça suspendeu um dos primeiros atos feitos pelo republicano à frente da Presidência, onde ele impedia a entrada de estrangeiros de sete países – de maioria muçulmana – no país e proibia o acolhimento de refugiados de qualquer nacionalidade.

Imigrantes demitidos

Dezenas de imigrantes perderam seu trabalho nos Estados Unidos por terem participado do movimento «Dia sem Imigrantes», realizado na última quinta-feira (16) por todo o país, informa a mídia dos EUA.

A ideia da ação era mostrar o quanto os estrangeiros são importantes para a economia norte-americana e a falta que eles fariam se fossem impedidos de entrar em território dos EUA.

Em algumas cidades, como Nova York e São Francisco, muitos proprietários de lojas, restaurantes e demais empresas de serviços pararam junto com seus funcionários para demonstrar a importância deles. No entanto, várias marcas demitiram aqueles que não foram trabalhar.

«Não toleramos violações mesmo que sejam funcionários. Se 21 pessoas não comparecem, a nossa produção é seriamente afetada», disse Steve Deese, que possui uma empresa em Carolina do Norte e que demitiu seus empregados.

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