Mesmo com o fim próximo da validade das folhas de papel da Zona Azul –elas não poderão ser usadas a partir dos dia 20 deste mês–, muitos paulistanos ainda não sabem como funciona o sistema digital de estacionamento e querem mais tempo para se adaptar.
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Desde julho, é possível baixar aplicativos para celular e cadastrar o cartão de crédito e a placa do veículo para comprar cartões digitais. Agora, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) quer extinguir o papel para combater fraudes.
Mas tem muita gente que não está preparada para a transição. Um exemplo é o motorista Luiz Estevão, 23 anos, que ainda não baixou o aplicativo. “Não estou pronto para a mudança e prefiro o papel quando preciso estacionar.”
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O taxista Marcos Vale, 40 anos, já compra os créditos digitais em seu smartphone, mas acha que o fim do cartão Zona Azul é precipitado. “É como se todas as pessoas que dirigem tivessem um bom celular, plano de internet e cartão de crédito.”
Para quem não tem smartphone ou cartão, existe a possibilidade para comprar crédito digital para estacionar. Na teoria, é simples: basta ir até um ponto de venda, falar a placa do carro, pagar e a autorização já consta do sistema. Mas, na prática, ainda é complicado: até ontem, eram apenas 56 pontos na cidade toda. A CET diz que os pontos estão se expandindo aos poucos.
Para o especialista em transportes Sérgio Ejzenberg, o fim do cartão de papel Zona Azul é uma “arrogância” da prefeitura. “Não precisava ter essa pressa. Seria de bom senso e respeito ao cidadão que não seja perturbado com mais uma burocracia e que migre naturalmente”, disse.
A partir do dia 21 de novembro até o final do ano, as folhas em papel não utilizadas serão reembolsadas pelo valor de R$ 4,50 cada. O reembolso será feito na Gerência Comercial da CET, na rua Senador Feijó, 143.
A arquiteta Patrícia Clini, 40 anos, costuma comprar talões para estacionar e terá que correr atrás do reembolso. “Pretendo trocar porque não quero perder meu dinheiro. Mas acho que tudo o que é digital é positivo, aprovo a mudança.”
Para CET, SP está pronta para o digital
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) afirmou que a cidade de São Paulo está pronta para a adoção definitiva do crédito digital de Zona Azul e o fim do cartão impresso e que a data de 20 de novembro será mantida.
Do dia 11 de julho, quando os aplicativos foram lançados, até a tarde de ontem, 1,18 milhão de CADs (Cartão Azul Digital) foram vendidos e 883 mil foram ativados.
Sobre o número baixo de pontos de venda oficiais do crédito digital, a CET afirmou novos pontos dependem da ação das empresas credenciadas para realizar o serviço. Ao mesmo tempo, a companhia disse que vistoria os locais listados para garantir o funcionamento do serviço.