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Ataque químico mata ao menos 58 pessoas na Síria

Um bombardeio aéreo ontem em Khan Sheikhun, na província de Idlib, na Síria, matou dezenas de pessoas (ao menos 58) e deixou mais de cem feridos. Os organismos divergem quanto ao total de vítimas, mas são quase unânimes em apontar o indicador para a mesa do presidente sírio, Bashar al-Assad, que no início da guerra civil, há seis anos, disse possuir armas químicas e que as usaria se preciso fosse. A suspeita é de que esse teria sido o caso ontem.

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A cidade atingida é um reduto de opositores de Bashar al-Assad e palco de barbáries anteriores de seu governo (arte abaixo). Se for confirmado que foi químico, o ataque de ontem em Khan Sheikhun seria o mais mortífero na Síria desde o atentado com gás sarin que matou centenas de civis em Ghouta, perto de Damasco, em agosto de 2013. Na ocasião, países ocidentais disseram que o presidente sírio foi o responsável pela ação. Assad atribuiu a chacina aos opositores de seu governo.

‘Negamos completamente’, diz Exército sírio

“Negamos completamente o uso de qualquer material químico ou tóxico na cidade de Khan Sheikhun hoje (ontem), e o Exército não usou nem usará em nenhum lugar ou momento, nem no passado nem no futuro”, afirmou o comando do Exército sírio em um comunicado. O Ministério da Defesa da Rússia, país aliado de Bashar al-Assad, também negou a autoria, afirmando que suas aeronaves não conduziram o ataque.

O diretor do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, sediado no Reino Unido, Rami Abdulrahman, disse à agência Reuters que a avaliação segundo a qual aviões de guerra sírios foram os responsáveis se baseou em vários fatores, como o tipo das aeronaves que realizaram a operação, entre elas, caças Sukhoi 22, de fabricação russa. 

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