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Mural em São Paulo denuncia violência contra a mulher

Um mural inaugurado em São Paulo, para denunciar a violência praticada contra as mulheres, atrai a atenção das pessoas que passam pela avenida Paulista.

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O local foi entregue nesta sexta-feira à população durante um ato público, que exigiu punição rigorosa para os envolvidos no estupro coletivo praticado no Rio de Janeiro contra uma jovem de 16 anos.

No mural, montado no Vão Livre do Masp, foram colados centenas de cartazes, com frases que denunciam os vários tipos de agressão a que são submetidas as mulheres brasileiras.

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Entenda o caso

O caso do estupro coletivo ganhou repercussão no Brasil e no mundo e está sendo investigado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A jovem denuncia que foi dopada e estuprada por mais de 30 homens armados com fuzis e pistolas em uma casa da Favela do Barão, na Praça Seca, zona oeste da cidade.

«Não dói o útero e sim a alma», disse a jovem após ser atacada, em postagem no Facebook. A avó da menina viu o vídeo e se disse chocada com as imagens.

Imagens do crime foram gravadas e compartilhadas na internet. A Polícia Civil já identificou suspeitos de terem cometido o crime: entre eles, dois são suspeitos de terem divulgado as imagens nas redes sociais; um seria namorado da jovem; e outro aparece no vídeo ao lado da garota.

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O presidente interino Michel Temer informou, através de seu perfil no Twitter, que o governo vai tomar medidas para combater a violência contra a mulher. Entre elas, o Planalto pretende criar um departamento especial na Policia Federal, que vai agrupar informações estaduais e coordenar todas as ações em todo o país.

A presidente afastada Dilma Rousseff também mostrou seu repúdio ao ato, bem como outras autoridades e personalidades. No meio artístico, inclusive, não foram poucos os comentários de apoio à jovem estuprada e de combate à chamada “cultura do estupro”.

Manifestações em apoio à adolescente e em repúdio à violência contra mulheres estão sendo marcadas para dar mais visibilidade ao tema. Um ato em frente à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro ocorreu nesta sexta-feira. Na próxima quarta-feira (1), às 16h, manifestantes devem ir às ruas no Rio, em Belo Horizonte e em São Paulo.

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