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VÍDEO: Serra é ‘atacado’ com bolinhas de papel em protesto na Argentina

Enrique Marcarian/Reuters
Manifestantes mostram cartazes chamando o senador José Serra de ‘golpista’ | Enrique Marcarian/Reuters

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O ministro das Relações Exteriores, José Serra, foi recebido na noite de domingo com protesto em sua primeira visita oficial à Argentina. Munidos de apitos, bandeiras do Brasil e cartazes, os manifestantes «atacaram» o carro onde estava o chanceler com bolinhas de papel, em frente à embaixada brasileira. (Assista ao vídeo no fim do texto)

O episódio lembrou a campanha presidencial de 2010, quando o político do PSDB disputou o pleito com a petista Dilma Rousseff – Serra foi atingido por uma bolinha de papel na cabeça quando caminhava pelas ruas de São Paulo.

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Um outro protesto aconteceu nesta segunda-feira. Um grupo de manifestantes formado por brasileiros e por integrantes do grupo Campora, que defende a política kichnerista, ocupou a frente da sede do Ministério das Relações Exteriores argentino.

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A polícia federal argentina fez uma barreira em frente ao prédio e Serra acabou tendo que entrar pela porta dos fundos. Ele foi ao encontro da ministra das Relações Exteriores da Argentina, Susana Malcorra.

Este foi o primeiro compromisso da agenda do chanceler brasileiro no país. Ele também estará com o ministro das Finanças, Alfonso Prat-Gay, e com o presidente Mauricio Macri.

Os manifestantes carregavam cartazes com a foto de Serra, alterada na forma de uma caricatura, com dizeres “Procura-se José Serra. Chanceler impostor do Brasil. Golpista” – em uma referência ao fato de o ministro integrar os quadros do PSDB, partido que apoiou a abertura de processo de impeachment, que levou ao afastamento de Dilma Rousseff.

Para os manifestantes, a saída de Dilma da presidência não foi legítima. Eles protestam ainda contra o governo Macri.

Serra, que tomou posse na semana passada, disse que uma das prioridades de sua gestão, em curto prazo, será a intensificação das relações com a Argentina, com a qual o Brasil passou a “compartilhar referências semelhantes para a reorganização da política e da economia”; renovar o Mercosul “para corrigir o que precisa ser corrigido”; e “construir pontes com a Aliança do Pacífico”, integrada pelo Chile, a Colômbia, Costa Rica, o México e o Peru.

Um dos temas mais polêmicos mencionados por Serra é a flexibilização do Mercosul, para permitir aos membros negociar acordos bilaterais com terceiros países. A ideia inicial dos criadores do bloco regional era seguir o modelo da União Europeia (UE), que tem um mercado sem fronteiras entre 28 países, uma mesma moeda (o euro) adotada por 19 de seus membros e uma política externa e econômica comum.

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