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Doenças cardiovasculares são as que mais matam brasileiros; veja como se prevenir

Com certeza você já deve ter ouvido falar das doenças cardiovasculares, que afetam o coração e vasos sanguíneos, e deve até conhecer alguém que tem alguma delas. Apesar de existirem várias, as mais conhecidas e que mais atingem – e matam – brasileiros hoje são o infarto do miocárdio e o AVC (Acidente Vascular Cerebral). Estima-se que, no nosso país, 100 mil pessoas morrem de infarto por ano.

Para quem não sabe, o AVC e o infarto são a mesma doença, mas uma acontece no cérebro e a outra no coração, respectivamente. A causa de ambas é o entupimento dos vasos nessas regiões, provocado pelo acúmulo de gordura e (ou) coagulação do sangue.

O cardiologista e intervencionista Hélio Castello alerta para os fatores de risco – reversíveis – que podem levar ao desenvolvimento delas: estresse, má alimentação,  colesterol alto, obesidade, pressão alta, sedentarismo, diabetes (principalmente tipo 2) e tabagismo.

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Mas também existem outros fatores: idade, pré-disposição genética e gênero – homens são mais suscetíveis.

“O problema destes três últimos é que a gente não tem como prevenir, por isso é tão importante se cuidar”, ressalta Castello.

Também cardiologista e intervencionista Marcelo Cantarelli, recomenda que pessoas com histórico familiar de doenças cardiovasculares desenvolvidas antes dos 60 anos de idade procurem um médico especializado antes dos 30 anos. Para quem não traz uma pré-disposição genética, a avaliação pode começar aos 35.

“Mas isso pode mudar se a pessoa fumar, for obesa, tiver diabetes ou hipertensão antes dos 30. Aí ela já pode procurar um cardiologista”, pondera.

Pois o risco não é só de morrer. Quem sobrevive a um AVC ou infarto pode ter sérias sequelas como a perda do movimento em algumas partes do corpo ou arritmia cardíaca, respectivamente.

“Sem falar que uma pessoa que já teve uma doença cardiovascular tem mais chances de tê-la de novo”, afirma Castello.

Sintomas e tratamento

Mas não é preciso se desesperar. As chances de recuperação são grandes, desde que o tratamento comece cedo. Cantarelli afirma que se o paciente receber atendimento dentro das primeiras três horas de início dos sintomas, essas chances superam 96%.

“O problema é que as pessoas passam horas sentindo os sintomas sem saber o que são até procurar ajuda”, explica.

Por isso é tão importante aprender a reconhecer os sintomas. No caso do infarto, o principal é uma dor intensa no peito que persiste, “se não passar dentro de 20 minutos, já é bom pedir ajuda”. Já no caso do AVC, o paciente sente uma perda de força súbita em um dos lados do corpo e formigamento nesse lado.

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