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Câncer de próstata no início tem cura, afirmam especialistas

Conscientizar homens sobre cuidados com a saúde é o foco da Campanha Novembro Azul Tom Vieira Freitas /Fotoarena/Folhapress

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Durante o mês de novembro, em diversos países a campanha Novembro Azul busca chamar a atenção para o câncer de próstata, o tipo de tumor mais comum entre homens no Brasil. O assunto é sério. Em 2015, 14.484 homens morreram em decorrência da doença no país. Apesar dos contornos alarmantes, especialistas afirmam que a doença tem cura, principalmente se a doença for diagnosticada no início.

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“Tratado no começo, curamos mais de 90% dos casos”, afirma Thiago Nunes, médico urologista especialista em reprodução assistida do Grupo Huntington. Descoberta a doença, ele explica que é preciso fazer o estadiamento (espécie de mapeamento) do câncer para avaliar se existe extensão ao redor da próstata ou à distância: “Avaliamos o estado físico do paciente e a expectativa de vida para decidir o melhor tratamento para cada caso.”

Atualmente os principais tratamentos para o câncer de próstata são a cirurgia, radioterapia e hormonioterapia. O caminho a seguir vai depender do estágio da doença, ou seja, quão avançada ou precoce, explica Fernando Vidigal, oncologista e diretor-médico da clínica Cettro:

“Quando a doença está localizada na próstata, os tratamentos envolvem a realização de cirurgia para a retirada de todo o órgão. Outra opção de tratamento é com a radioterapia.”

Nos casos avançados, ou seja, quando a doença se espalhou para outros órgãos, o médico explica que o tratamento é a base da redução dos níveis de testosterona, hormônio masculino que alimenta as células tumorais.

“A cirurgia, quando bem indicada, é curativa na grande maioria dos casos. A radioterapia exclusiva também pode ser uma alternativa de tratamento, mas deve ser avaliada e planejada por radioterapeutas com experiência nesse tipo de tratamento”, observa Mônica Stiepcich, patologista do grupo Fleury.

Cirurgia robótica está entre principais avanços

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Os tratamentos para o câncer de próstata estão avançando, diz Mônica Stiepcich, patologista do grupo Fleury: “Tem a braquiterapia, usada para o tratamento com fins curativos, sem a realização de cirurgia, e as cirurgias robóticas, que são alternativas à cirurgia convencional.”

Segundo a patologista, as cirurgias robóticas permitem a realização de procedimentos com menor risco de danos aos plexos nervosos ao redor da próstata. “E também tem menor índice de complicações e efeitos ‘indesejados’ ou secundários, tais como a incontinência urinária e a impotência sexual”, completa Mônica.

A especialista acrescenta que no campo do diagnóstico, as biópsias transretais guiadas pela associação de imagens do ultrassom com a ressonância magnética tem tido maior sensibilidade de detecção de focos iniciais de tumor.

Equipe médica realizando uma cirurgia robótica

Avanços

 

Os principais avanços no tratamento estão na cirurgia, especialmente a robótica, reforça Thiago Nunes, médico urologista do Grupo Huntington: “São minimamente invasivas e têm permitido o tratamento com as mesmas taxas de cura da cirurgia convencional, com menores sequelas e recuperação mais rápida.”

“A eficácia depende do diagnóstico precoce. Nos casos mais avançados, o objetivo passa a ser o controle da doença, priorizando a qualidade de vida”, diz Fernando Vidigal, oncologista e diretor-médico da clínica Cettro.

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