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Salas de aula virtuais, cada vez mais conectadas, são a aposta do futuro na educação

Como será estudar daqui a cinco, dez, quinze anos? Responder a essa questão é uma tarefa difícil e arriscada, porque a chance de errar é bem grande. Mas especialistas ouvidos pelo Metro não fugiram do desafio e arriscaram sondar futuros possíveis no processo de aprender e ensinar.

“Alunos devem assumir um papel mais ativo no aprendizado”, afirma Bruno Werneck, CEO do Kuadro, cursinho on-line especializado nos vestibulares mais concorridos do país. “Hoje, qualquer informação que o professor trouxer já pode ser verificada imediatamente num smartphone, sem que ele nem perceba”.

O foco deverá ser cada vez mais no processo de aprendizado que, por outro lado, não estará mais sob a posse da velha figura do mestre. A velocidade da informação tem feito despencar o interesse por conteúdos que o professor entrega. “Educadores sentarão junto com seus alunos, pensando com eles o que precisa ser estudado, para depois, também juntos, descobrirem como fazer isso”. Segundo Werneck, a palavra-chave dessa transformação será: interação. “Professores precisarão levar para a sala de aula construção do raciocínio e experiências práticas.

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Mais habilidades
Alunos terão que aprender a questionar mais, prevê Carlos Souza da escola de tecnologia Udacity. “Para isso será necessário o desenvolvimento de inteligência emocional”. O futuro deve exigir, também, mais do que o estudo das disciplinas tradicionais. Será necessário por a mão na massa e resolver problemas porque “habilidades serão mais valorizadas que diplomas e títulos”, aposta Guilherme Junqueira, CEO da escola Gama Academy, voltada ao mercado digital.

Para ele, as pessoas deverão ser treinadas para se tornarem o que ele chama de “fast learners” (aprendizes rápidos, em português). “Profissionais terão que aprender a aprender, pois isso é o que manterá o prazo de validade de cada pessoa no mundo”.

E a tecnologia, claro, estará cada vez mais na base desse processo. Porém, deve se consolidar mais como um meio do que um fim. “Estes recursos permitem novas formas de aprendizado”, diz Carolina Augusta, da comunidade virtual de empreendedores, Boomit. “Professores se tornarão facilitadores, e deverão estar conectados com essas diferentes tecnologias e novas metodologias”. Será um mundo, segundo ela, em que todos poderão ensinar e aprender.

 

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