Alta gastronomia já não é mais apenas sinônimo de restaurantes caros e sofisticados em São Paulo. O conceito de comida gourmet passa a tomar conta das ruas graças ao sucesso recente de eventos como o “Chefs na Rua” e “Feirinha Gastronômica”. Com preços acessíveis, as delícias já atraem todos os públicos e são alternativas para opções populares como barracas de pastéis e hot dogs.
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No embarque desta tendência, dois chefs apostam numa novidade por aqui – o food truck, sucesso em Paris, Nova York e outras grandes cidades do mundo (movimentou R$ 1,6 bilhão nos Estados Unidos em 2013). Márcio Silva e o americano Jorge Gonzalez (ex-DOM) pretendem repetir a receita com o Buzina Food Truck. Inaugurado na última quinta, 12, o caminhão equipado com cozinha profissional estará em estacionamentos de empresas em diferentes pontos da cidade no horário de almoço.
Pratos artesanais e preparados no dia, como frango ao curry, salada de abóbora e queijo de cabra ou porco na brasa com arroz asiático, são vendidos por menos de R$ 20. A expectativa é emplacar de vez caso a prefeitura sancione a lei que regulamentaria a venda de alimentos em vias públicas. “Sempre usaremos produtos orgânicos e sem agrotóxicos, seguindo os mais rígidos padrões de higiene. Esta não é uma realidade comum em opções de comida servidas na rua”, garante Gonzalez.
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Pingue-pongue
O chef Márcio Silva falou com o Metro Jornal sobre as inovações do “Buzina” e o crescimento da alta gastronomia na cidade. Confira.
O que faz você acreditar que o ‘Buzina’ dará certo?
A ideia de minirrestaurante ambulante deu certo até em Paris, onde o público adora sentar para fazer as refeições e é conhecido por não gostar de filas. Por que não aqui? E São Paulo tem muito a ver com Nova York, onde se vende muito nos caminhões. O paulistano come rápido e já volta ao escritório. Melhor que coma pratos de alta qualidade.
Por que este é o momento certo de apostar na “food truck” em São Paulo?
Desde a feira no Minhocão (“Chefs na Rua”, em 2012), vi como o povo quer experimentar novidades e está com fome de comer bem a preços justos. E o Brasil vive agora uma “glamourização” da gastronomia em jornais, revistas e programas de TV. A comida cada vez mais serve para unir as pessoas, principalmente se é feita de um jeito diferente e especial.
Quais são as maiores diferenças entre atender os clientes nas ruas e nos restaurantes especializados em comida gourmet?
Tudo é rígido nas cozinhas. Não podemos ouvir música, falar ou interagir com o público. No caminhão, é olho no olho; há a satisfação de ver o resultado do que fazemos. A receita vem de dentro e parte deste sabor é o relacionamento com as pessoas.