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Qual dispositivo da sua casa está mais vulnerável a um ataque hacker?

Morris MacMatzen/Getty Images

Você saberia dizer qual dos seus equipamentos e eletrodomésticos está mais vulnerável aos ladrões de dados? O Metro Jornal fez esta e outras perguntas a Alexandre Moraes, gerente de pré-vendas da empresa de segurança da informação Cylance.

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Falando sobre internet das coisas e suas mais diversas aplicações, qual é a “coisa” mais vulnerável a um ataque hacker ou programa de espionagem de dados (uma SmarTV, um carro…)?

Todos os dispositivos conectados de IoT (sigla em inglês para «Internet das Coisas») são vulneráveis, entretanto alguns são alvos mais desejados dos hackers. Uma SmartTV, por exemplo, que tenha uma câmera, pode ser um alvo bem interessante para um hacker. Temos relatos, inclusive, de ataques a sistemas de ar-condicionado em residências automatizadas (casas inteligentes). Normalmente este ataque visa incomodar o usuário, fazendo que o consumo de energia elétrica tenha picos significativos (por exemplo, acionando o AC todo o dia, mesmo sem o morador em casa).

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Existe algum tipo de proteção que o consumidor possa instalar para prevenir estes ataques?

Sim, os dispositivos devem sempre estarem atualizados. Sempre nos lembramos de atualizar nosso computador pessoal, não? Então, por que esquecemos de atualizar nossas SmarTVs, nossas câmeras, nossas centrais de automação, nossos sensores e geladeiras? Os sistemas sempre possuem vulnerabilidades, mas os fabricantes constantemente lançam atualizações para minimizar o problema. Nunca se esqueça de ter um bom firewall e antivírus, de preferência de nova geração (com inteligência artificial) em todos os computadores da casa. Um dispositivo IoT infectado pode contaminar seus computadores!

Quanto o hardware de um equipamento está vulnerável a cibercrimes? (exemplo: um hacker pode ordenar que um computador trabalhe com excesso de processos por muito tempo e isto provoca a explosão do equipamento)

Quando um equipamento está vulnerável, um hacker pode explorar alguma vulnerabilidade que ele tenha ou até tomar controle dele. Neste caso, este dispositivo pode ser usado para diversos fins: iniciar um ataque a outros dispositivos da casa, minerar criptomoedas, fazer um ataque de negação de serviços (tentativa de tornar os recursos de um sistema indisponíveis para os seus utilizadores), fazer parte de uma BotNet (grupo de computadores conectados à Internet, cada um deles rodando um ou mais bots e se comunicando com outros dispositivos, a fim de executar determinada tarefa) e enviar Spams, entre outras finalidades.

É possível um equipamento estar 100% seguro contra invasões ou roubo de dados?

Infelizmente não, não existe nada 100% seguro. O investimento em segurança e política ajuda a melhorar nosso nível de proteção e conscientização, mas não é infalível. Hoje é praticamente impossível chegar a taxas de proteção acima de 90% com sistemas de proteção antigas (antivírus tradicionais) uma vez que eles são muito pouco eficazes contra algo que eles não conhecem, como uma ameaça de Dia Zero, ou seja, um malware com código novo recém-lançado no ambiente cibernético. Para termos taxas de proteção acima de 99%, é necessário algo mais inteligente, como os novos antimalwares de nova geração que não usam assinaturas ou vacinas como os antivírus tradicionais. A Cylance se destaca neste cenário.

Como a Cylance vê o que está acontecendo com o Facebook, com relação a liberação de informações de seus usuários para uso indevido?

Preferimos não comentar este caso. Temos certeza que o Facebook está tomando as ações necessárias para resolver estes problemas.

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