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Zuckerberg admite erros e promete proteger eleição no Brasil

Mostrando um evidente desconforto em suas feições, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, testemunhou nesta terça-feira (10) em uma sessão conjunta das comissões de Justiça e Comércio do Senado dos Estados Unidos e voltou a se desculpar pelo caso Cambridge Analytica.

A consultoria política utilizou os dados de milhões de usuários da rede social para fins eleitorais, após tê-los obtido ilegalmente por meio de um aplicativo criado pelo acadêmico Aleksandr Kogan, que tinha autorização do Facebook para empregar a ferramenta, mas não para repassar as informações a terceiros.

O depoimento em si não trouxe muitas novidades. Zuckerberg manteve o que já dissera nas últimas semanas: que a violação dos dados dos usuários foi um erro seu, que a empresa está investigando outras possíveis irregularidades e procurando maneiras de informar melhor as pessoas sobre a política de privacidade.

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Quando questionado sobre dados precisos ou informações mais específicas, dizia que sua equipe iria entrar em contato com os parlamentares. «Foi claramente um erro», declarou o CEO do Facebook sobre ter confiado na Cambridge Analytica quando a consultoria afirmou que havia parado de utilizar dados de forma irregular. «Não devíamos ter confiado apenas em sua palavra», disse.

Zuckerberg também reconheceu que sua empresa «não fez o suficiente» para evitar que os instrumentos permitidos na rede social fossem «mal utilizados». «Foi um grande erro, e foi um erro meu, peço desculpas», acrescentou.

O fundador da rede social ainda negou que funcionários seus tenham trabalhado em conjunto com a Cambridge Analytica, contratada pela campanha do presidente Donald Trump em 2016, mas contou que Robert Mueller, procurador especial do «caso Rússia», ouviu empregados do Facebook.

Esse foi o primeiro dia da maratona de Zuckerberg, 33 anos, no Congresso dos EUA. Nesta quarta (11), ele será ouvido na Câmara dos Representantes, quando também dará explicações sobre o uso de sua empresa para interferir em eleições. Nesta terça, Zuckerberg reconheceu que demorou a perceber o problema.

Além disso, prometeu «fazer de tudo» para garantir a integridade de eleições em países como Brasil e Índia, que irão às urnas em 2018, assim como os EUA, que renovarão parte do Congresso em novembro. O próprio Facebook estima que o escândalo Cambridge Analytica possa ter atingido até 87 milhões de usuários, sendo cerca de 443 mil no Brasil.

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