Estilo de Vida

Pulseira promete aumentar a produtividade do trabalho (ou criar escravos?)

Marcos Santos/USP Imagens

A Amazon patenteou o modelo de uma pulseira eletrônica para aumentar a produtividade e otimizar o desempenho de seus funcionários, informou o site especializado em tecnologia «Geekwire» nesta quinta-feira (1).

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De acordo com a publicação, o protótipo criado pela empresa é capaz de monitorar com precisão onde os trabalhadores colocam as mãos, vibrando para orientá-los na direção certa, ou seja, controlando todos os seus movimentos.

Ainda segundo o site, o produto poderá transmitir os dados de pedidos feitos pelo computador para o pulso do empregado. A patente arquivada em 2016 teria sido oficialmente reconhecida na última terça-feira (30).

A revelação, que ainda não foi confirmada pela gigante do varejo, gerou polêmica em toda a Itália. Diversos políticos e movimentos sindicais criticaram a medida.

A líder da Confederação Italiana de Sindicatos Trabalhistas (CISL), Annamaria Furlan, disse que todos «trabalham para respeitar a dignidade das pessoas, não para isso». Já Carmelo Barbagallo, da União Italiana do Trabalho (UIL), chamou a suposta decisão de «desgraça», Segundo Giorgia Meloni, presidente da legenda de extrema direita Irmão da Itália (FDI), a medida transformaria os trabalhadores em «escravos».

Por sua vez, a secretária da Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil), Susanna Camusso, declarou que a notícia não deve passar de especulação.

Nos últimos meses de 2017, na Itália, os funcionários da Amazon denunciaram que as condições de trabalho eram muitos difíceis e recorreram à greve geral no dia da «Black Friday». A gigante do varejo se instalou no território italiano há cerca de 10 anos. Aproximadamente duas mil pessoas trabalham no centro, localizado na cidade de Castel San Giovanni.

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