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Cientistas editam genes e reduzem glúten em trigo; versão do grão é 85% menos nociva

Estudos desenvolvidos por cientistas do Instituto de Agricultura Sustentável em Córdoba e da Universidade de Sevilha, na Espanha, com apoio da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, conseguiram “editar” os genes do trigo que causam alergia aos pacientes com doença celíaca.

A pesquisa foi publicada em setembro no “Plant Biotechnology Journal” e promete revolucionar a indústria de alimentos sem glúten. Por meio da biotecnologia, os cientistas conseguiram reduzir em até 85% os componentes do glúten que podem ser tóxicos para o sistema de defesa do organismo.

Os autores do trabalho, liderados pelo cientista Francisco Barro, conseguiram “silenciar” os genes de codificação de proteínas que são responsáveis por desencadear respostas imunes adversas em pacientes com doença celíaca. O desafio agora é conseguir uma variedade totalmente “sem glúten”.

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100% Gluten Free
A técnica permite o desenvolvimento de cepas de trigo e outros cereais sem a proteína, ao ajustar as partes do glúten (especificamente uma proteína chamada gliadina) que são tóxicas a indivíduos com intolerância permanente. Ao todo, 35 de 45 genes já foram geneticamente modificados em uma variedade selvagem de trigo, com queda de 85% na reação imune. Esses dez genes ainda precisam ser desativados antes que a cepa esteja pronta para testes, mas já é possível produzir pães com baixo teor de glúten.

Doença celíaca
A doença celíaca afeta diariamente 1% da população mundial, ou 76 milhões de pessoas. Estima-se, porém, que mais de 80% dos portadores estejam sem diagnóstico só nos Estados Unidos. Do total de casos, 90% são provocados por uma mutação no gene HLA-DQ2 e os outros 10%, no gene HLA-DQ8, ambos envolvidos na regulação imune.

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