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Nova tecnologia pode reduzir os efeitos colaterais da quimioterapia

O Instituto de Química da Unicamp desenvolveu uma tecnologia que pretende reduzir os efeitos colaterais causados por quimioterapias. Ainda em estado laboratorial, se estudo passar por testes, pacientes oncológicos poderão ter efeitos do tratamento bem amenizados, segundo o pesquisador e doutorando em Química do instituto, Leandro Carneiro Fonseca.

O objetivo da tecnologia desenvolvida pela universidade é usar uma “nanopartícula” que irá ajudar a transferência do medicamento, aplicado na veia do paciente, até as células cancerígenas de forma mais rápida. A tecnologia foi chamada de “nanopartícula de sílica peliguida”.

Como o medicamento é hidrofóbico e o sangue humano contém grande quantidade de água, as nanopartículas são feitas com o objetivo de precisar cada vez menos de fármaco nos tratamentos, de modo a diminuir efeitos colaterais.

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“A viabilidade disso depende de algumas etapas de testes e da aprovação posterior da Anvisa”, explica Fonseca. “Mas nosso desejo é que em dez anos pacientes de quimioterapia tenham efeitos ruins bastante amenizados”, completa.

A autônoma Cristina Sartori é mãe da jovem Yasmin Araújo, de 15 anos, que passa por tratamento contra um Osteossarcoma (tipo de tumor ósseo maligno) desde o ano passado.

“Ela já teve desde efeitos colaterais comuns, como queda de cabelo e náuseas até coisas mais sérias, como emagrecer excessivamente”, explica Cristina.

Yasmin teve, ainda, drástica queda de apetite, mucosite (inflamação dolorosa da parte interna da boca e da garganta que pode levar a úlceras dolorosas e feridas) além de quebra de ossos, que ficaram sensíveis. “Algo que amenizasse esses efeitos seria a realização de um sonho para qualquer paciente e mãe”, desabafa Cristina. A menina até iniciou uma campanha nas redes sociais. Abriu uma conta no facebook, onde pede contribuição de alimentos riscos em proteína para que possa ganhar 10kg e retirar a sonda. Os contatos podem ser feitos pela #Todospela Yasmin ou na página no instagran todos_pela Yasmin.

Já a advogada Cecília Bousquet, que enfrenta efeitos colaterais de um câncer de ovário e está em seu terceiro tratamento quimioterápico – já tendo se tratado por câncer de mama – diz que a queda de cabelos é a parte menos pior. “Mas as náuseas chegam a ser insuportáveis”, explica. “Qualquer redução seria bem vinda”.

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