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Mulher quebra o silêncio e fala sobre a noite em que cortou pênis do marido há 25 anos

Em 1993 a imprensa norte-americana noticiou a castração mais midiática da história: uma mulher de 22 anos cortou o pênis do marido com uma faca de cortar peru e o jogou pela janela do seu carro em movimento.

Na época, o caso chocou os Estados Unidos e 25 anos após o ocorrido, mas agora a equatoriana Lorena Bobbitt decidiu falar sobre o assunto em entrevista à emissora Telemundo.

De acordo com informações do Infobae, em uma noite de 1993, John Wayne Bobbitt chegou bêbado em casa e estuprou sua esposa, Lorena. Esta não havia sido a primeira vez que ele abusou dela. A vítima, cansada do abuso físico e sexual do seu marido, foi até a cozinha, pegou uma faca afiada e cortou seu pênis enquanto dormia.

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Após deixar a cena do crime e sair dirigindo sem rumo, ela jogou o membro do marido em um campo, com o carro em movimento. Ainda assim, a polícia encontrou o membro e conseguiu levar a tempo para o hospital em uma caixa com gelo.

Desta forma, os médicos conseguiram reimplantar o órgão em uma cirurgia que durou 9 horas.

O casal se divorciou após o julgamento em que Lorena, que agora usa o sobrenome «Gallo», argumentou que um lapso de demência temporária causou o ataque.

Na entrevista recente, Lorena voltou a defender seu argumento quando perguntada sobre o momento do ataque: “Eu não estava na minha cabeça, estava traumatizada, psicologicamente quebrada, não consigo pensar nessa reação. Eu não tive controle dessa ação. Eu não estava mentalmente em condições normais”, justificou.

A mulher também confessou que sofreu abusos por quatro anos, desde o dia em que se casou. Ao ser questionada se voltaria a cometer este crime, ela respondeu: “O trauma não é apenas emocional e mental, você vive algo que você não pode descrever. (…) Se eu ao menos tivesse tido a chance (de escapar antes desta situação)”, disse.

Em sua história, ela explica que os tempos mudaram e agora é mais fácil falar sobre a violência de gênero, mas que na época não era assim: “Eu estava em um ciclo vicioso de violência doméstica. Eu não sabia para onde ir, fiquei isolada, senti que estava encarcerada em minha própria casa”, contou.

Na entrevista, ela também afirma que revelou todo ocorrido para a filha, mas «com cautela». Ela acredita que sendo sincera pode continuar com a missão de ajudar mulheres vítimas de violência de gênero.

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