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Recuperação pode ajudar aprendizado

Aulas durante o ano devem fazer com que todos avancem | Agência Folhapress
Aulas durante o ano devem fazer com que todos avancem | Agência Folhapress

Com o fim do ano todos ficam cansados, esperando as férias, mas não dá para descuidar. A dica é: se está com boas notas, não relaxe. Se vai para recuperação, não se desespere, porque faz parte do processo de aprendizagem.

No fim do ano, a escola dá uma última chance aos que não alcançaram a nota mínima. Durante duas semanas, alunos têm de rever todos os conteúdos (juntamente com colegas das demais salas) e, ao final, fazer uma prova. Quem não tirar nota boa é reprovado.

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Mas vale lembrar que cada um se desenvolve de um jeito próprio e num ritmo particular. Por isso é importante avaliar de que maneira a escola vai lidar com isso. Educadores e pais devem dialogar sobre quais serão as medidas pedagógicas para revisão de conteúdos.

“Os professores sabem que a classe não responde de forma homogênea e que nem todos compreendem usando as mesmas estratégias cognitivas”, explica Jussara Hoffmann, especialista em avaliação e professora aposentada da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul).

O que fazer, então? Cipriano Luckesi, da UFBA (Universidade Federal da Bahia), sugere a seguinte abordagem: “Se, ao verificar quem aprendeu o quê, o professor percebe que um ou mais estão com dificuldade, é preciso repensar as estratégias e materiais para eles”. E, como estamos em outubro, é possível coordenar esforços para fazer com que todos avancem.

Avançar e retroceder 

A chave do processo é avançar e retroceder ao mesmo tempo. Quem atingiu o esperado tem de continuar aprendendo. E os demais não devem ser abandonados. “É preciso trabalhar as dúvidas na sala de aula, sem deixar que se acumulem”, diz Maria Melchior, coordenadora pedagógica da Faculdade Novo Hamburgo, na Grande Porto Alegre.

Professor também deve repensar

Determinar quem será reprovado antes do fim do ano letivo é um erro recorrente. Os alunos com mais dificuldade não devem ser abandonados. Ao contrário, eles são os que mais precisam de atenção.

Outro equívoco bem comum é separar os que têm dificuldade em uma sala para os “fracos”. Essa estratégia estigmatiza quem está de recuperação e não ajuda no processo de aprendizagem. Se muitos têm a mesma dificuldade, é hora do professor retomar o conteúdo de um jeito novo, pois a aula provavelmente foi ineficaz.

Não é recomendado deixar a recuperação para a última semana do ano letivo. Se para a criança está sendo árduo avançar, uma revisão rápida não funcionará, tal como repetir na recuperação as estratégias já usadas. É preciso proporcionar outras formas de ensino para que todos aprendam o conteúdo. 

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