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Rota do medo: Conheça endereços considerados assombrados em SP

Lendas urbanas existem desde que o mundo é mundo. E são especialmente interessantes quando trazem consigo alguma temática sobrenatural. Metrópoles como São Paulo são palco de surgimento de muitas delas. Repleta de casarões desocupados, endereços onde viveram personagens vítimas de tormentos e edifícios que foram cenário de tragédias marcantes, a história da cidade abre deixas para que relatos de assombramento sejam passados de geração para geração.

Prova disso é que os mitos de espíritos desprendidos que rondam certas propriedades da cidade, como o antigo edifício Joelma, o castelinho da rua Apa ou a casa da dona Yayá, já inspiraram a criação de roteiros turísticos e de passeios. Algumas agências, como a Graffitti, promoveu pela primeira vez seu “São Paulo Além Túmulos” em 2005, e na esteira vieram a Roxxi, criadora do Haunted Bus,
e o pessoal do projeto Caminhada Noturna, que realiza uma “Caça aos fantasmas do centro de São Paulo”. Este último, idealizado por Carlos Beutel. teve respaldo da Associação de Criadores de Lobisomem de Joanópolis e da Sociedade dos Observadores de Saci-pererê, além do guia turístico Laércio Carvalho, autor do livro “Quando Começou São Paulo”. Gente credenciada no tema cuja pesquisa embasou este roteiro experimentado pelo Metro. “Os fantasmas compõem o imaginário da cidade, por isso é importante conhecê-los, fazer uso dos boatos para saber da nossa história”, acredita Carvalho. “Muita gente não conhece a história do centro”.

Para Frederico Leão, psiquiatra do Núcleo de Estudos da Espiritualidade do Hospital das Clínicas, a tragédia explica a invenção de casos sobrenaturais. No caso de relatos em lugares “do bem”, como o Theatro Municipal e a Capela da Santa Cruz, a explicação seria de que “espíritos muito apegados ao plano material não conseguem deixá-lo após a morte”.

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Sustos mundo afora

 

As histórias sobre lugares povoados por almas desencarnadas não são exclusividade brasileira. Casos, relatos, lorotas e boatos espalham-se por diversas cidades do mundo e servem, também, de atrativo turístico. Além do conhecido Castelo de Bran, na Romênia, que inspirou a criação do Conde Drácula por Bram Stoker, há locais para lá de curiosos nos Estados Unidos, como o Stanley Hotel, no Colorado, que inspirou Stephen King a escrever “O Iluminado”, e o Sanatório de Waverly Hills, no Kentucky, onde milhares morreram de tuberculose entre os anos de 1910 e 62. Na Austrália, faz parte da rota turística a Quarantine Station. Mais de 13 mil pessoas foram separadas de suas famílias para morrer ali, entre os anos de 1830 e 1984 – era para onde iam os imigrantes que aportavam em Sydney com suspeita de doenças contagiosas. Dizem que é um dos lugares mais temerosos do país.

 

 

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