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Expectativa X Frustração

Conheça caminhos para deixar de idealizar o futuro e evitar transformar desapontamentos em rancor

Não há quem não tenha experimentado essa dobradinha: primeiro a expectativa, depois, a frustração. E provavelmente, ainda iremos reviver este mecanismo algumas vezes, mas, se conscientes dele, podemos torná-lo mais leve e tê-lo como fonte de aprendizado.

É mais ou menos assim: projetamos um futuro desejável. Depositamos a expectativa de que a situação futura deve ser como nossa projeção, pois assim, e só assim, teremos o que buscamos: alegria, prazer, reconhecimento, etc.

E aí o momento esperado chega. E não acontece exatamente como esperávamos. Então, abrimos as portas para a frustração.

A frustração é o olhar para o passado recente com desapontamento.

A frustração pode trazer com ela sentimentos de tristeza, raiva, injustiça, vergonha e outros tantos que não nos servem para mudar o passado.

Perceba, então, que estamos falando sobre o famoso e incansável pêndulo que nos leva para o futuro (expectativa) e para o passado (frustração). E o presente, que é onde vive nosso poder de ação, é cegado pela insatisfação.

Mas dá pra viver sem expectativas e sem frustrações? Dizem que dá. Muitos monges e sábios relatam experimentar estado mental de profunda aceitação e abertura. Mas enquanto isso nos parece distante ou difícil, vamos falar em como podemos melhorar a nossa relação com essas duas forças.

O que é expectativa? E frustração?

Segundo o dicionário, expectativa é a situação de quem espera a ocorrência de algo, ou sua probabilidade de ocorrência, em determinado momento.

E frustração é o estado de um indivíduo quando impedido por outrem ou por si mesmo de atingir a satisfação de uma exigência pulsional. 

Seguindo o significado dessas palavras, vou buscar aqui positivá-las: A expectativa é onde muitas vezes mora a motivação dos nossos esforços presentes. Faço “x” com a expectativa de obter “y”.  Sim, a expectativa pode trazer ânimo, otimismo, coragem. O problema é quando desenhamos o resultado que desejamos de uma forma tão fechada que as outras forças da vida não devam interferir.

E assim apostamos tudo na ilusão de controlarmos o momento futuro, mas poderíamos lembrar que cocriamos os momentos futuros, ou seja, existem outros fatores que interferem na vida além da nossa expectativa.

Quando estamos abertos, compreendemos, aceitamos e agradecemos os resultados de nossas ações mesmo que eles pareçam tão diferentes das expectativas criadas. Desejar, sonhar, querer: sim. Fechar-se para a vida: não.

Já a frustração, num primeiro momento, pode ser útil para autorreflexão sobre nossas construções de expectativa, permitindo que nosso olhar para o futuro torne-se mais aberto às surpresas e presentes da vida (que é quando dizemos: uau, isso superou minhas expectativas!). Mas um ponto de atenção: a frustração não deve ser apontada para outra pessoa.

Frustrar-se com o outro é projetar nossa própria expectativa no comportamento e nas escolhas livres de outro ser.

E aí encontramos a tal da decepção. E seguimos uma bola de neve de negatividade que o mundo é injusto.

Portanto, a expectativa e a frustração existem desde os primeiros impulsos e necessidades da infância. Quando estou com fome, crio a expectativa de ser alimentada e se isso não acontece existe uma frustração dolorosa. Se o Papai Noel não passou no Natal com o presente que desejei, a mesma coisa. A infância é uma fase com pouca autonomia, e por isso essa dinâmica expectativa- frustração aparece tão claramente. Quase sempre dependo do outro para satisfazer meus desejos.

Já na idade adulta, nossa criança ferida dá as caras quando a vida não “obedece” aos nossos pedidos. Mas a maturidade emocional traz essa autorresponsabilidade pelas próprias expectativas, sem projetá-las. Traz também mecanismos de compreensão e abertura para outros pontos de vista, evitando que a frustração se torne trauma e rancor.

Como lidar com expectativa e frustração na prática?

Não acredito em receitas únicas, mas sim em sugestões e experimentações. Aqui vai a minha:

Quando você desejar algo e criar uma expectativa futura, permita-se pensar e sentir: “que as coisas ocorram para minha evolução, para o bem comum e para o bem maior. Eu imagino que isso seja como minha expectativa desenhou, mas estou aberta(o) para as infinitas possibilidades que a vida pode trazer.

Quando sentir frustração, permita-se sentir e pensar:

  1. O que posso aprender com isso?
  2. Quais são os outros pontos de vista que estou ignorando?
  3. Como posso agradecer pela possibilidade de ver além das minhas expectativas?

Outra dica essencial: meditar! Há muito material sobre Meditação aqui no Personare.  Meditar ajuda-nos a fortalecer o eu observador, que consegue perceber a realidade de um ponto mais elevado, menos imediatista e mais estável; qualidades estas que são valiosas para nossas questões com o tema deste texto.

Que nossas vidas sejam cheias de sonhos. Que nossas vidas sejam repletas de aprendizados. Que todos possamos amadurecer emocionalmente. Que o passado e o futuro tragam sempre riqueza para nosso momento presente.

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Mari Mel Ostermann

Formada em Naturologia pela UNISUL, faz leitura de aura, é mestre em Reiki Essencial e co-fundadora do curso Integral Way (http://cursointegralway.com/). Trabalha em prol da liberdade das pessoas, combinando técnicas estudadas com suas vivências pessoais.

contato@marimelostermann.com

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