A Secretaria de Saúde prevê vacinar 93,8 mil animais na campanha de vacinação contra raiva em Campinas, que começa neste fim de semana.
Segundo o médico veterinário da UVZ (Unidade de Vigilância de Zoonoses), Ricardo Conde, a vacinação será divida em duas etapas. A primeira neste fim de semana, dias 23 e 24, e a meta é imunizar os animais das regiões Norte, Nordeste e Sudoeste, que atinge bairros como Barão Geraldo, Anchieta, Ouro Verde e Campo Grande.
A segunda ação, que foca as regiões Leste e Sul que abrange bairros como Taquaral, Centro e os distritos de Sousas e Joaquim Egídio, está prevista para os dias 30 de setembro e 1º de outubro.
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Conde disse que o número estimado é o mesmo da campanha do ano passado. Dos 93,8 mil animais, 78,2 mil são cães e 15,6 mil são gatos. Devem ser vacinados os animais com idade a partir de três meses.
Segundo o médico, a preocupação atual é com a possibilidade da transmissão da raiva por meio de morcegos. “Todos os anos, Campinas registra de 10 a 15 casos de morcegos infectados pelo vírus da raiva na área urbana”, disse ele. Os morcegos se alimentam de frutos e insetos, mas podem, uma vez infectados, transmitir o vírus a animais e ao ser humano.
As vacinas estarão disponíveis nos 63 centros de saúde da cidade e em postos fixos e volantes espalhados pela cidade. Os horários são de acordo com o funcionamento de cada unidade de saúde. A vacina é gratuita e sem contra-indicação.
Transporte
Para evitar acidentes, os donos dos animais devem levá-los com guias e coleiras. Os cães de grande porte devem ser levados com enforcador.
Já os gatos devem ser transportados em uma caixa adequada para evitar a fuga.
Casos
No ano passado foi confirmado um caso de raiva felina. Em 2015, Campinas registrou um caso de raiva canina. O isolamento viral indicou que este cachorro foi infectado com o vírus da raiva transmitido por morcegos. Naquele ano, seis morcegos e um herbívoro também foram diagnosticados com a doença.
A raiva é uma doença letal em 100% dos casos, inclusive nos humanos. Por isso, a vacina anual em cães e gatos é importante. Em Campinas, o último caso da doença em humanos aconteceu em 1981.