A Justiça ouviu nesta segunda-feira cinco testemunhas do assassinato de Fabrízzio Machado da Silva, morto a tiros em março deste ano, em Curitiba, quando apurava fraudes em postos de combustíveis.
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Hoje, a partir das 13h30, devem ser ouvidas as últimas duas testemunhas de acusação, as testemunhas de defesa e três dos quatro réus: o empresário Onildo Chaves de Cordova, dono de quatro postos de combustível na capital, acusado de ordenar o crime, além de Matheus Guedes e Patrick Leandro.
Se não houver tempo de os três falarem hoje, uma nova audiência será marcada. O quarto réu do caso, Jefferson Rocha, está foragido. Os demais estão presos.
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“As testemunhas basicamente reforçaram o que já haviam falado na delegacia e reforçam as provas contra os quatro”, afirma o advogado Luiz Roberto Zagonel, assistente de acusação.
À polícia, Onildo e os demais negaram o crime. Os advogados de defesa dos acusados não foram localizados.
O caso
Fabrizzio presidia a ABCFC (Associação Brasileira de Combate a Fraudes de Combustíveis). Ele foi morto a tiros no dia 23 de março quando chegava em casa, no bairro Capão da Imbuia. Nos dias anteriores ao crime, ele ajudava um programa de televisão a produzir uma reportagem sobre fraudes em bombas de abastecimento.
O homicídio ocorreu uma semana antes da Operação Pane Seca, da Polícia Civil. Os policiais revelaram um dispositivo que donos de postos instalavam nas bombas para que elas liberassem até 10% a menos de combustível do que o equipamento indicava.
Na noite do homicídio, Fabrizzio chegou em casa de carro, por volta das 22h. Enquanto ele manobrava para entrar na garagem, um veículo Sandero vermelho bateu na traseira, e o fiscal foi baleado assim que desceu do carro.
Na investigação, a Polícia afirmou que Onildo Cordova pagou R$ 21 mil para que Patrick Leandro executasse o homicídio. Leandro, então, teria falado como caminhoneiro Jefferson Rocha, que indicou Matheus Guedes para fornecer a arma e participar da execução. O grupo foi preso no dia 30 de abril.
METRO curitiba