O nascimento de mais um bebê na Família Real britânica volta a levantar a discussão sobre o parto normal no Brasil.
ANÚNCIO
Nas redes sociais, as pessoas têm se questionado sobre a rapidez com que Kate Middleton deixou o hospital depois de dar à luz: foram sete horas entre o parto normal e a saída da maternidade.
No Reino Unido, a legislação prevê que as mulheres podem receber alta seis horas depois do nascimento do bebê quando não há complicações no parto.
Recomendados
Temporais causam 8 mortes no RS; 21 pessoas estão desaparecidas
Mulher que agrediu casal gay em padaria de SP vai responder por injúria racial e lesão corporal
Caso Tio Paulo: relatório da polícia afirma que sobrinha “simulou que ele estava vivo” em banco
Já no Brasil, uma portaria do Ministério da Saúde estipula o prazo mínimo de 24 horas para parto normal e, em caso de cesárea, esse tempo sobe para 48 horas.
A médica Maria Helena Bastos fez doutorado em parteria na Ingletarra e diz que o tratamento dado à princesa Kate Middleton é o mesmo oferecido às outras grávidas em todo o sistema de saúde do país, incluindo a rede pública.
Para ela, «o que a Kate teve de diferencial mais importante [na comparação com o Brasil] é que quem comanda, cuida e acolhe a mulher no momento da gravidez, no parto e no pós-parto é a presença de uma parteira profissional».
Essa é uma maneira de observar a evolução clínica da mãe e do bebê sem a necessidade de estar em um hospital, mas que, às vezes, não é possível.
Por isso, cada caso é um caso, na opinião da médica da Clínica de Obstetricia do Hospital das Clínicas de São Paulo, Maria Rita Bortolotto.
Segundo ela, não se pode descartar a situação de uma mãe que, ao voltar para casa, pode ter de cuidar de outras crianças, além de realizar tarefas domésticas, o que indica a necessidade de um repouso prolongado.
Apesar de o SUS dar prioridade ao parto normal, o Brasil é o segundo país na lista de cesáreas no mundo, atrás apenas da República Dominicana.
55,6% de todos os nascimentos são feitos por meio de cirurgia, segundo a Organização Mundial da Saúde, quando o recomendado pela entidade é de 25 a 30%.