A rede terrorista Al Qaeda lançou a revista feminina «Beituki» («sua casa», em árabe) destinada às mulheres casadas com militantes radicais.
A «Beituki» começou a ser produzida em dezembro e já conta com três edições na internet. Porém, ao contrário do que muitos podem pensar, suas matérias não incitam o ódio ou mostram imagens de guerra e de mulheres armadas. A publicação apenas dá conselhos sobre diversos assuntos femininos.
Entre os vários temas está desde como lidar com as dores nas costas durante a gravidez até dicas para noivas frustradas com seus maridos. A revista inclui também cartas de amor entre militantes terroristas e suas esposas.
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Já as reportagens, uma delas chama atenção. No texto da matéria é sugerido que as mulheres cuidem dos seus maridos, e a justificativa para tal é a mais curiosa. «Você pode imaginar quanto derramamento de sangue e quantos ossos ele vê todos os dias? Suas reclamações só incrementam o estresse», informou a «Beituki».
Ao contrário de outras revistas femininas já criadas por redes terroristas, o foco da «Beituki» é fazer com que as mulheres fiquem em casa por meio do uso de fotos de móveis, decorações e bebês.
Revistas desse tipo não são novidades. Anteriormente, a mesma Al Qaeda foi responsável pela criação da «Inspire», que entre suas reportagens ensinava, inclusive, a montar bombas caseiras. Já o Estado Islâmico (EI), usou por meses a sua revista «Dabiq», que continha informações sobre seus avanços militares. O Talibã também já havia lançado uma magazine chamada «Sunnat-i-Khaula», porém as reportagens incentivavam as paquistanesas a participar do grupo terrorista.
As mulheres foram muito utilizadas em batalhas pelo Estado Islâmico. O grupo terrorista usava elas como mulheres-bombas e dava treinamentos sobre como manusear armas.