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Novo míssil norte-coreano é mais potente, dizem analistas

Lançamento do Hwasong-15 e Kim Jong-un (detalhe): guerra à vista? | Reuters

A Coreia do Norte liberou nesta quinta-feira dezenas de fotos e um vídeo depois do lançamento de quarta-feira do novo míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) Hwasong-15. O porta-voz do Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul, Roh Jae-cheon, disse que seu vizinho do norte fez avanços consideráveis desde o Hwasong-14: “Nossa análise inicial das fotos mostrou que houve diferenças claras entre o Hwasong-15 e o Hwasong-14 em termos da aparência da ogiva, da junção do primeiro e do segundo estágio do míssil e do tamanho geral”.

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Desde o lançamento em julho do Hwasong-14, seu primeiro ICBM, analistas que estudam a Coreia do Norte vêm procurando sinais de que o país desenvolveu sistemas de orientação precisos, motores de foguete confiáveis e potentes e um veículo de reentrada capaz de proteger uma ogiva nuclear enquanto acelera rumo ao seu alvo.

“A Coreia do Norte está continuando a buscar seu ICBM de uma forma metódica e pragmática, fazendo progresso em passos incrementais”, disse Joseph Bermudez, do 38 North, um projeto de monitoramento da Coreia do Norte sediado em Washington. Autoridades dos EUA observaram, contudo, que Pyongyang não provou que ele conta com um sistema de orientação preciso para um ICBM ou um veículo de reentrada eficiente.

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A Coreia do Norte disse que o novo míssil alcançou uma altitude de cerca de 4.475 quilômetros e percorreu 950 quilômetros durante seu voo de 53 minutos, mais alto e mais longe do que qualquer projétil norte-coreano, antes de cair no mar perto do Japão. 

EUA falam em guerra; China e Rússia, não

A embaixadora dos EUA na ONU (Organização das Nações Unidas), Nikki Haley, afirmou durante a reunião do Conselho de Segurança na noite de quarta-feira que o “mundo está próximo” de uma guerra por conta do último lançamento de míssil da Coreia do Norte. “E, se houver uma guerra, o regime norte-coreano será completamente destruído”, disse Haley. A resposta da China e da Rússia veio rapidamente, e ambos descartaram a deflagração de um combate com o governo de Pyongyang. Em nota, o Itamaraty afirmou que “o lançamento viola as resoluções pertinentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas e constitui ato gravíssimo de desestabilização da segurança regional e internacional”. 

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