Uma investigação do Ministério da Defesa da Argentina teria advertido para irregularidades na compra direta das baterias do ARA San Juan. A informação é do jornal argentino “La Nacion”, que teve acesso a uma cópia das ações que chegaram secretamente a três escritórios oficiais. A informação coincide com uma auditoria do Sigen (Sindicato Geral), que também questionou o procedimento.
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Segundo a publicação, a investigação, feita por especialistas da Defesa entre 2015 e 2016, determinou que a Marinha teria violado padrões regulatórios e operacionais para o reparo da meia-vida e a substituição de baterias. Houve interesse em direcionar a compra de suprimentos para benefício de certos fornecedores e, nesse processo, foram adquiridos equipamentos com garantias vencidas.
“As informações coletadas são conclusivas pelo menos para apoiar não só que esses contratos não estão em conformidade com o procedimento administrativo regulamentado, mas também que o pessoal militar encarregado pode ter se envolvido em uma conduta ilegal que beneficiou as empresas premiadas, Hawker Gmbh e Ferrostaal AG”, disseram os pesquisadores da Defesa.
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Esses mesmos pesquisadores alertaram os funcionários do Kirchnerismo sobre o assunto em 2015. E também ocorreu o mesmo quando houve a mudança das baterias dos submarinos Salta e Santa Cruz. Consultados pelo jornal, representantes do governo disseram que estão revisando “todos os processos dentro da Marinha” e que uma investigação interna “profunda” será aberta, acrescentando que a prioridade é encontrar o submarino para, posteriormente, avaliar o que aconteceu.
O governo argentino destacou ontem que sua “única preocupação” é encontrar o submarino desaparecido há 12 dias no Atlântico com 44 tripulantes a bordo e pediu que sejam evitadas “especulações” sobre a investigação realizada na cúpula da Marinha.
“Fizemos e vamos seguir fazendo o impossível para encontrar o submarino, e o compromisso é que até o encontremos não vamos deixar de buscar”, afirmou o ministro de Defesa, Oscar Aguad, em sua primeira manifestação pública desde que foi perdido o contato com o ARA San Juan, em 15 de novembro.