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Submarino que desapareceu pode estar totalmente destruído

No último contato feito pelo submarino Ara San Juan no dia 15 de novembro, o comandante relatou problemas elétricos na embarcação.

O engenheiro naval, Carlos Padovezi, explica que, quando uma pane compromete o motor, a recomendação é fazer o submarino emergir usando o chamado «sistema de lastro», um mecanismo de esvaziamento dos tanques que são mantidos cheios d’água para a navegação no fundo do mar. “Se por acaso, ele estivesse a cem, cento e poucos metros de profundidade, haveria inclusive a possibilidade do escape da tripulação por uma porta de emergência.”

Mas até agora nenhuma pista foi encontrada na superfície do atlântico sul. Como os submarinos não têm caixa preta, equipamento comum nos aviões, que transmite sinal de localização, a busca está sendo feita com sonares e sensores capazes de identificar estruturas metálicas no fundo do mar, sem a necessidade de emissão de som. A pane foi reportada horas antes do sumiço da embarcação, quando o comandante comunicou a marinha sobre problemas nas baterias.

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Mas a hipótese provável é que esse problema elétrico tenha causado uma explosão a bordo e o local mais indicado para que isso aconteça é a proa do submarino, a parte de frente da embarcação, onde ficam as novecentas baterias que utilizam um gás altamente inflamável: o hidrogênio.

Essa é a principal possibilidade, segundo a Marinha Argentina. Sensores instalados naquela região do mar detectaram um grande barulho no mesmo dia em que foi feito o último contato do Ara San Juan. Equipes de monitoramento dos estados unidos e da Áustria receberam os sinais via satélite.

O submarino foi projetado para atingir até 250 metros de profundidade, mas a região é muito mais profunda do que isso. Ou seja, depois da explosão, a embarcação pode ter ido para o fundo do mar e ter sofrido os efeitos irreversíveis da pressão.

O jornalista especialista em navegação, Roberto Godoy, fala sobre a esperança de encontrar o submarino. “Será muito difícil achar esses restos em uma profundidade tão grande. É provável que não se descubra o que aconteceu. Existe uma grande possibilidade dos tripulantes não sobreviverem”.

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