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Igreja estuda permitir padres casados na Amazônia, diz jornal

O Sínodo dos Bispos para a Amazônia, convocado pelo papa Francisco para outubro de 2019, pode marcar a discussão de um tema tabu para a Igreja Católica: a ordenação de homens casados como padres.

Segundo reportagem publicada pelo jornal italiano «Il Messaggero» na última quinta-feira (2), o cardeal brasileiro Cláudio Hummes propôs ao Pontífice que inclua na agenda do encontro episcopal a possibilidade de estender o sacerdócio aos chamados «viri probati», homens casados, de fé comprovada e capazes de administrar espiritualmente uma comunidade de fiéis.

Essa realidade fazia parte dos primórdios da Igreja Católica, mas hoje é objeto de divisão dentro da Cúria. O objetivo da medida seria aumentar o escasso número de padres à disposição na Amazônia e facilitar o desejo de Francisco de «evangelizar» essa porção do planeta, principalmente os indígenas.

A proposta iria ao encontro da meta do Sínodo, que é achar «novos caminhos» para levar a doutrina católica aos povos amazônicos. Ainda segundo «Il Messaggero», o Papa poderia usar a Amazônia como «experimento» para a ordenação de «viri probati», mas a questão deve enfrentar resistência dentro da Cúria.

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