Foco

Catalunha propõe 2 meses para negociar independência

O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, propôs nesta segunda-feira (16) ao governo da Espanha dois meses de negociações, mas não esclareceu claramente se declarou ou não a independência do território.
De acordo com Madri, a carta não constitui uma resposta ao pedido de esclarecimento solicitado pelo primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, que ameaçou restringir a autonomia da região após Puigdemont fazer um pronunciamento deixando dúvidas sobre a separação da Catalunha.
Em uma carta enviada ao premier, o líder catalão defendeu que se abra um diálogo. «Durante os dois próximos meses, nosso principal objetivo é fazê-lo dialogar», escreveu Puigdemont, pedindo uma reunião «o mais rápido possível» para tentar resolver a crise.
«Nossa proposta de diálogo é sincera e honesta», acrescentou.
O governo espanhol tinha dado um prazo até esta segunda-feira (16) para a Catalunha esclarecer a situação da declaração de independência, já que na última terça-feira (10), Puigdemont fez um pronunciamento no Parlamento regional sobre o resultado do referendo, considerado ilegal pelo Tribunal Constitucional espanhol.
Na ocasião, o líder catalão compareceu ao Parlamento e afirmou que assumia o mandato do povo e disse que convertia a Catalunha em um Estado independente. Mas, em seguida, acrescentou que estava suspendendo os efeitos da declaração de independência para que, nas próximas semanas, ocorresse um diálogo entre as partes.
O discurso gerou dúvidas se a independência do território foi concluída. Sendo assim, Rajoy, exigiu formalmente ao governo catalão a confirmação da separação.
Segundo o primeiro-ministro, trata-se de um «requerimento prévio» a qualquer medida que o governo central possa adotar no âmbito do artigo 155 da Constituição, que pode suspender a autonomia da região. A aplicação deste artigo, que nunca foi feita, vem sendo estudada pelo governo como uma das medidas para impedir a independência da região

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos