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Supremo venezuelano convoca reunião de poderes por “ameaça terrorista”

O presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ), o magistrado Maikel Moreno, convocou nesta quarta-feira os representantes de todos os poderes públicos do país para discutir “a ameaça terrorista» sofrida por esse organismo e para impedir uma «escalada» de violência no país. As informações são da agência EFE.

A convocação foi motivada por um fato ocorrido ontem (27) em Caracas, quando um agente da polícia científica venezuelana furtou um helicóptero, com o qual sobrevoou e abriu fogo contra as sedes do Ministério de Interior e do TSJ.

Em declarações na sede do Poder Judiciário, em Caracas, Moreno leu um comunicado dizendo que o TSJ decidiu «convocar os representantes do poder público nacional para uma reunião de urgência com o objetivo de tratar a ameaça terrorista e impedir uma escalada violenta contra o povo venezuelano e suas instituições».

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No texto, o máximo tribunal condenou as «ações terroristas» contra o Supremo, magistrados e trabalhadores da instituição, além de «exigir que cessem imediatamente os atos e pronunciamentos hostis» contra a alta corte.

O TSJ afirmou que se encontra «sob ameaça terrorista», razão pela qual solicitará «medidas pertinentes para garantir a segurança e integridade da instituição, e informou que designou uma comissão de magistrados para que denunciem este ataque que, segundo assegurou, tem como «único fim» alterar a ordem constitucional do país.

Segundo o governo venezuelano, estes ataques fazem parte de «uma escalada golpista contra a Constituição e as suas instituições», e assegurou que o responsável está sendo investigado “por seus vínculos com a Agência Central de Inteligência (CIA)» e a embaixada dos Estados Unidos no país caribenho.

O Tribunal Supremo solicitou hoje a todos os organismos competentes que, «com a urgência do caso», iniciem as investigações para deter os «terroristas», bem como as possíveis «células que continuem preparando outros atos da mesma magnitude».

Em paralelo a estes ataques de ontem contra o  TSJ, grupos de civis armados supostamente ligados ao chavismo cercaram a sede do Parlamento quando os deputados realizavam uma sessão ordinária, situação que se prolongou durante quatro horas e sobre a qual o governo venezuelano ainda não emitiu declarações oficiais.

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