O primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, garantiu nesta quarta-feira (22) que «o Canadá jamais será intimidado» pelas «organizações terroristas», e afirmou que os serviços de Segurança vão «redobrar» os esforços, após o assassinato de dois soldados em três dias.
Ao comentar o ataque que custou a vida de um militar nos arredores do Parlamento de Ottawa, nesta quarta, Harper prometeu a seus compatriotas que «esses gestos nos levarão a aumentar nossa determinação e a redobrar nossos esforços e os das nossas agências de Segurança Nacional».
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Sobre o ataque desta quarta-feira e o atropelamento de dois soldados, na segunda – um dos quais morreu – em Montreal, o primeiro-ministro assinalou que os «fatos desta semana nos recordam tristemente que o Canadá não está a salvo deste tipo de ação terrorista».
As duas ações foram cometidas justamente na semana em que o Canadá enviou seus primeiros aviões para bombardear objetivos do grupo jihadista Estado Islâmico no Iraque e na Síria.
O caso
Um atirador matou um soldado nesta quarta-feira na capital do Canadá, Ottawa, em um incidente que elevou o alerta em várias cidades do país. Depois de atirar contra o militar que fazia a segurança de um memorial de guerra, o homem conseguiu entrar, durante a fuga, no Parlamento canadense, onde mais de 30 disparos foram ouvidos. Ele foi morto pelo chefe de segurança do local, que estava cheio no momento dos tiros. (Confira fotos e vídeos no fim do texto)
Um vídeo publicado pelo site do jornal canadense “Globe and Mail” mostrou policiais com armas em punho dentro dos corredores do Parlamento. Mais de 20 tiros são ouvidos no clipe. Um guarda do edifício ficou ferido no tiroteio.
‘Dois ou três atiradores’
A polícia, entretanto, disse à noite que não poderia confirmar “àquela altura” se o homem que matou o militar e o que foi morto no Parlamento eram a mesma pessoa, o que elevou o temor de que houvesse mais de um atirador envolvido.
“As autoridades estão trabalhando para descobrir se havia dois ou três homens armados”, disse Marc Soucy, da polícia de Ottawa.
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Em função do incidente, incomum no Canadá, o Parlamento foi evacuado e fechado, o centro de Ottawa foi isolado, forçando as pessoas a deixarem a área, e bases militares foram fechadas. Segundo a rede de TV CNN, o Norad (Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte), que supervisiona o espaço aéreo dos EUA e do Canadá, colocou aviões em prontidão. Washington também fechou sua embaixada na cidade.
Malala
O premiê canadense, Stephen Harper, que estava em uma sala ao lado de onde os disparos foram ouvidos no Parlamento, cancelou um encontro que teria com a Nobel da Paz de 2014, a paquistanesa Malala Yousafzai. Ele foi levado a um local seguro durante o ataque.
Suspeito
À noite, a polícia disse estar investigando Michael Zehaf-Bibeau, um canadense de 32 anos de Quebec, convertido para o Islã, segundo a Reuters. Ele é considerado um “possível suspeito” pelo incidente em Ottawa, segundo a agência de notícias.