A Grã-Bretanha disse nesta terça-feira que autorizou o uso de aviões de espionagem e drones armados para missões de vigilância sobre a Síria “muito em breve”, a fim de reunir informações sobre militantes do EI (Estado Islâmico).
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A decisão foi anunciada depois de o governo turco ter dito, na segunda-feira, que iria permitir que combatentes curdos iraquianos reforçassem o contingente dos curdos na cidade síria de Kobani, na fronteira da Turquia.
O ministro britânico da Defesa, Michael Fallon, disse ontem que drones Reapers e aviões de monitoramento Rivet Joint vão sobrevoar a Síria como parte de “esforços para proteger nossa segurança nacional contra a ameaça terrorista que emana de lá”.
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Mas, em uma declaração escrita ao Parlamento, ele sublinhou que os drones não seriam autorizados a usar suas armas na Síria, algo que iria requerer “permissão adicional”, segundo afirmou, em referência a uma votação no Parlamento.
Na semana passada Fallon havia anunciado que Londres enviaria drones armados para realizar ataques aéreos contra o EI no Iraque.
O Parlamento aprovou ataques aéreos no Iraque no mês passado, depois de um pedido do governo iraquiano. Mas a Grã-Bretanha não está realizando bombardeios na Síria. Fallon já havia dito que ataques no território sírio exigiriam aprovação parlamentar.
Papa na Turquia
O Vaticano anunciou ontem que o papa Francisco vai viajar para a Turquia no próximo mês, em sua primeira visita ao país de maioria muçulmana que se tornou refúgio para os cristãos em fuga da perseguição de militantes do EI na Síria e Iraque, países vizinhos.
Durante a visita de três dias, o papa vai se reunir com o presidente Tayyip Erdogan, e o premiê Ahmet Davutoglu. Ele vai se encontrar também com o patriarca ecumênico Bartolomeu 1, líder espiritual das igrejas ortodoxas, sediado em Istambul, que congrega a segunda maior família cristã depois do catolicismo romano.
O EI matou e expulsou grandes contingentes de cristãos, muçulmanos xiitas e outras minorias. Muitos fugiram para a Turquia com dezenas de milhares de curdos sírios que se retiraram quando as forças do EI tomaram dezenas de vilas perto da fronteira, onde o conflito continua.