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A presidente Dilma Rousseff decidiu não aderir a um fundo de US$ 1,2 bilhão para países que consigam reduzir as taxas de desmatamento. A iniciativa foi anunciada nesta terça-feira em Nova York por países europeus durante a Cúpula do Clima convocada pelo secretário geral da ONU, Ban Ki-moon.
O argumento da presidente, segundo apuração da “Folha de S.Paulo”, é o de que o Brasil discorda da política de desmatamento zero. Apesar de a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, ter dito que o país não foi consultado, organizadores do documento afirmam que uma versão preliminar foi apresentada ao governo em julho, no início de sua preparação.
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Criticada no último domingo pela candidata do PSB à presidência, Marina Silva, segundo quem Dilma tem “agenda zero” de desmatamento, a petista atacou a oponente após seu discurso na Cúpula, dizendo que fez mais que Marina para proteger a Amazônia. Os números de Marina diante do Ministério do Meio Ambiente “não são excepcionais”, disparou.
Fundo global
Em outra iniciativa, o presidente francês, François Hollande, anunciou que o país vai contribuir com US$ 1 bilhão para um fundo global para ajudar países pobres a se adaptarem aos efeitos das mudanças climáticas. O presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, prometeu doar US$ 100 milhões.
Ban disse esperar que os líderes de mais de 120 países fizessem “ofertas ousadas” sobre a mudança climática na cúpula em Nova York, mas poucos países desenvolvidos falaram em recursos.
A chanceler alemã, Angela Merkel, já havia prometido, em julho, contribuir com US$ 1 bilhão ao longo de quatro anos para o chamado Fundo Verde para o Clima.
Os países em desenvolvimento pediram um total de US$ 15 bilhões em 2014. Antes dos anúncios da Alemanha, da França e da Coreia do Sul, promessas de 12 países haviam somado apenas US$ 55 mil, disse o Banco Mundial.
Mensageiro da ONU para a Paz, o ator Leonardo DiCaprio, disse que os países podem “fazer história ou ser difamados por ela”.
Obama pede acordo que não divida ricos e pobres
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta terça-feira que um novo acordo global sobre mudanças climáticas precisa incluir fortes compromissos das economias emergentes e superar a divisão entre países ricos e pobres que conteve o progresso em negociações na ONU.
“Dessa vez precisamos de um acordo que reflita as realidades econômicas nas próximas décadas”, disse Obama, na Cúpula. “E deve ser (um acordo) ambicioso, pois é o que a escala desse desafio exige”.
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