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Presidente ucraniano afirma que forças russas recuaram da fronteira

Presidente ucraniano (dir.) e o premiê Yatseniuk | Andrew Kravchenko/Reuters
Presidente ucraniano (dir.) e o premiê Yatseniuk | Andrew Kravchenko/Reuters

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Em um sinal de otimismo, o presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, disse nesta quarta-feira que a Rússia recuou parte de suas forças que, segundo ele, estavam do lado ucraniano da fronteira. A declaração de Poroshenko, em meio aos esforços para encerrar o conflito que já matou mais de 3 mil pessoas, eleva a esperança para o processo de paz.

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“De acordo com a última informação que recebemos de nossa inteligência, 70% das forças russas foram retiradas para o outro lado da fronteira”, disse Poroshenko em um encontro governamental. “Isso fortalece ainda mais nossa esperança de que as iniciativas de paz têm boa perspectiva”.

O governo russo nega ter enviado soldados para o leste da Ucrânia em apoio aos separatistas pró-Moscou que combatem as forças de Kiev na região, apesar de a Ucrânia e o Ocidente afirmarem que há “esmagadora evidência” do contrário. O Kremlin também nega ter armado os separatistas.

 

Crimes de guerra

Nesta quarta-feira a Anistia Internacional disse ter documentos que provam que os dois lados cometeram crimes de guerra no conflito.

Também citando documentos, o secretário-geral da OSCE (Organização para Segurança e Cooperação na Europa), Salil Shetty, disse que separatistas apoiados por Moscou e o batalhão Aidar, da Ucrânia, cometeram abusos contra os direitos humanos.

 

Putin testa míssil e defende dissuasão 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quarta-feira que o país deve manter seu poder de dissuasão nuclear para fazer frente ao que chamou de “crescente ameaça de segurança”, depois que Moscou testou um míssil nuclear intercontinental.

Com a crise motivada pelo conflito na Ucrânia, Putin também assumiu o controle de uma comissão que supervisiona a indústria de defesa e fez um pedido para que a Rússia se torne menos dependente de equipamentos importados do Ocidente.

Segundo Putin, Moscou alertou repetidas vezes que teria de responder às sanções.

O míssil de 12 metros de comprimento testado ontem pode proporcionar um ataque nuclear 100 vezes mais forte que a da bomba de Hiroshima.

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