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Radicais dizem ter decapitado jornalista norte-americano

Militante fez ameaças diretas ao presidente Barack Obama | Reprodução
Militante fez ameaças diretas ao presidente Barack Obama | Reprodução

Militantes do Estado Islâmico divulgaram nesta terça-feira um vídeo que mostra o fotojornalista norte-americano James Foley, desaparecido na Síria desde novembro de 2012, sendo decapitado.

Em inglês com sotaque britânico, um militante do grupo diz que “somos um exército muçulmano, um Estado que foi aceito por um grande número de muçulmanos”. O homem se dirige nominalmente ao presidente dos EUA, Barack Obama e diz que qualquer ataque contra o grupo seria considerado um ataque contra todos os muçulmanos.

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O vídeo foi publicado depois que Obama retomou ataques contra o Iraque pela primeira vez desde 2011.

Ameaça

Um segundo jornalista, Steven Sotloff, também aparece nas imagens. O militante encapuzado diz, ao segurá-lo pela gola da camiseta, que “a vida deste cidadão norte-americano, Obama, depende da sua próxima decisão”. Sotloff, que desapareceu no norte da Síria em julho de 2013, trabalhou para a revista norte-americana “Time”.

O vídeo, intitulado “Uma mensagem aos Estados Unidos”, foi publicado em sites de mídia social. Não foi possível verificar imediatamente a veracidade. As imagens foram divulgadas um dia depois que o grupo ameaçou atacar norte-americanos “em qualquer lugar”.

‘Estarrecidos’

Em reação ao vídeo, a porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca Caitlin Hayden disse que “a inteligência está trabalhando o mais rápido possível para verificar a autenticidade das imagens”. Ela disse que se o vídeo for verdadeiro, “estamos estarrecidos pela morte brutal de um cidadão norte-americano inocente”.

Hayden ofereceu condolências à família. Em uma conta criada no Twitter, a família pediu ontem “paciência” até que todos tenham mais informações.

Guerra santa

Em um outro vídeo divulgado pelo Estado Islâmico, o grupo mencionou uma “guerra santa” contra os EUA da qual sairá vitorioso. As imagens mostram Obama e o rei Abdullah, da Arábia Saudita, além de ataques contra soldados norte-americanos.

Líder saudita critica Estado Islâmico 

O grão-mufti saudita, xeque Abdulaziz Al Ash-Sheikh, a mais importante autoridade religiosa do país, disse que o grupo militante Estado Islâmico é o “inimigo número um do islã” e de forma alguma faz parte da fé muçulmana. Ele também criticou a rede Al-Qaeda.

A condenação, que não é inédita, chama atenção no momento em que militantes do Estado Islâmico avançam no Iraque. “As ideias e o terrorismo de extremistas e militantes que espalham a decadência na Terra, destruindo a civilização humana, não são de modo algum parte do islã, mas, sim, o inimigo número um do islã, e os muçulmanos são suas primeiras vítimas”, disse.

A Arábia Saudita segue a ultraconservadora vertente wahabi, do Islã sunita. O país considera os militantes islamitas que promoveram ataques no reino uma década atrás como uma ameaça à sua estabilidade.

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