Um avião militar ucraniano foi abatido nesta quinta-feira por rebeldes separatistas na região de Donetsk, no leste do país. A informação foi divulgada por um funcionário de contra-terrorismo do governo em Kiev, segundo a rede de TV norte-americana “CNN”.
O incidente ocorre três semanas depois que um avião civil malaio foi abatido na região, levando o Ocidente a ampliar as sanções contra Moscou. Na quinta, o governo ucraniano disse que suspendeu um cessar-fogo com os rebeldes no local da queda do avião, depois que uma missão internacional interrompeu suas atividades na área.
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Na quarta-feira, a Holanda, que perdeu 196 cidadãos entre os 298 mortos na tragédia do voo MH17, disse que estava paralisando a missão de recuperação em função dos contínuos combates na região.
Um porta-voz da Defesa ucraniana havia dito que as forças do país suspenderam qualquer ação militar em um raio de 20 quilômetros do local da queda. Mais tarde, o governo afirmou, em um comunicado, que “especialistas estavam de acordo que o regime de cessar-fogo na área da queda do avião não estará em vigor até haver um segundo estágio da investigação”.
Otan
A Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) anunciou a suspensão da cooperação com a Rússia, estabelecida para fortalecer a defesa coletiva de integrantes da aliança. Segundo o secretário-geral da entidade, Anders Fogh Rasmussen, a cooperação com a Ucrânia será expandida. A informação foi divulgada pela agência de notícias russa Itar-Tass.
Rasmussen disse ainda que, se Moscou continuar a desestabilizar a situação na Ucrânia, mais sanções poderão ser impostas. “Não tenho dúvidas de que a comunidade internacional responderá com sanções mais duras se a Rússia continuar a intervir”.
O secretário-geral da Otan pediu que Moscou “se empenhe num diálogo sincero para uma solução pacífica” da crise ucraniana e afirmou que a organização está trabalhando “mais próxima da Ucrânia para melhoras as forças armadas e instituições de Defesa (do país)”.
Ele ainda fez um apelo para que a Rússia retire suas tropas da fronteira com a Ucrânia e “recue da beira do precipício”. Segundo ele, a Rússia “não deve usar uma força de paz como desculpa para fazer guerra”.