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Presidente destituído na Ucrânia pede referendo

O presidente destituído ucraniano Viktor Yanukovytch pediu, nesta sexta-feira, a realização de referendos em cada região da Ucrânia para determinar seu status, informou a agência oficial russa ITAR-TASS. «Como presidente que está com vocês em pensamento e com a alma, peço a cada cidadão razoável da Ucrânia: não deixem que os impostores usem vocês! Exijam a organização de um referendo sobre o status de cada região da Ucrânia», declarou, em um apelo ao povo ucraniano.

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«Somente referendos em toda a Ucrânia, e não eleições antecipadas, podem estabilizar a situação política e preservar a soberania e a integridade da Ucrânia», completou.

Yanukovytch, que fugiu da Ucrânia em fevereiro e vive, segundo informações da imprensa, nos subúrbios de Moscou, fez as declarações depois que a península da Crimeia aprovou, por ampla maioria em um referendo, sua anexação à Rússia.

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Também pediu desligamento do Partido das Regiões, do qual era líder, e que deve definir no sábado uma estratégia para a eleição presidencial de 25 de maio. O partido reconheceu que deve passar por uma profunda reforma e pretende participar na eleição.

Pleito

Uma das figuras emblemáticas da Revolução Laranja, na Ucrânia, a ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko anunciou que será candidata às eleições presidenciais previstas para o dia 25 de maio na Ucrânia.

«Tenho previsto ser candidata ao cargo de presidente», afirmou Timoshenko, de 54 anos, em coletiva de imprensa em Kiev. «Nenhum dos políticos ucranianos que se preparam para ser candidatos à presidência se dá conta do alcance da anarquia e nem se dispõe a detê-la», acrescentou.

Ela explicou que solicitará aos deputados de seu partido, Pátria, que apresentem oficialmente sua candidatura. A formação celebrará um congresso no próximo sábado.

Timoshenko já foi candidata à presidência de 2010, mas foi derrotada por escassa margem por Viktor Yanukovytch. No ano seguinte, ela foi condenada a sete anos de prisão por abuso de poder em contratos de gás com a Rússia.

Seus partidários e uma parte dos países ocidentais acreditam que sua condenação ocorreu por motivos políticos. Ela posteriormente foi colocada em liberdade.

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