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Visa e Mastercard param de atender russos

Os grupos americanos de cartões bancários Visa e Mastercard deixaram, nesta sexta-feira, de fornecer seu serviço de pagamento aos clientes de vários bancos russos após as sanções anunciadas na véspera pelos Estados Unidos. A decisão foi comunicada sem aviso prévio.

O banco Rossia, alvo das sanções americanas, anunciou, hoje, em um comunicado que Visa e Mastercard «deixaram, sem aviso prévio, de fornecer seus serviços de pagamento aos clientes do banco». Sua filial, Sobibank, também foi afetada por essa decisão.

O banco SMP, controlado pelos irmãos Arkadi e Boris Rotenberg, cujos nomes foram acrescentados à lista de pessoas atingidas pelas sanções americanas, também anunciou que seus clientes com cartões Visa e Mastercard estavam com seus cartões bloqueados.

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Na prática, estes clientes só podem retirar dinheiro com seus cartões nos caixas destes bancos e dos bancos associados, e não conseguem mais fazer compras com eles.

Na quinta-feira, o presidente americano, Barack Obama, anunciou que a lista das pessoas russas afetadas por sanções havia sido ampliada para incluir também oligarcas e banqueiros próximos ao presidente russo Vladimir Putin, entre eles Guenadi Timchenko, Arkadi Rotenberg e Yuri Kovalchuk, presidente do banco Rossia e considerado «o banqueiro pessoal dos funcionários de alto escalão na Rússia, incluindo Vladimir Putin».

Reflexo

O bloqueio das empresas aos bancos russos acontece na mesma semana em que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou, com os novos líderes pró-russos da Crimeia, um acordo sobre a incorporação da península do sul da Ucrânia à Rússia. «A República da Crimeia é considerada como incorporada à Federação Russa a partir da assinatura do acordo», afirmou na ocasião.

O anexo da Crimeia a Rússia foi feito depois de um referendo de domingo que mostrou o desejo da região ucraniana de se juntar à Rússia. Putin disse que o processo foi democrático e seguiu as leis internacionais. “No coração e a na consciência das pessoas, sempre foi e permanece como uma parte inseparável da Rússia”, falou o russo.

Relembre o posicionamento de outros países na questão:

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