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Para Dilma, Brasil precisa estreitar relações com o Chile

Em Viña del Mar, no litoral chileno, para a cerimônia de posse da nova presidente do país – Michelle Bachelet – a mandatária brasileira, Dilma Rousseff, pretende estreitar as relações com a nação do oeste do continente. “O Chile tem todo um significado para o Brasil. É um processo de relacionamento que não significa só investimento direto das empresas brasileiras aqui, mas de empresas chilenas lá no Brasil”, disse Dilma, em entrevista a jornalistas brasileiros antes do cerimonial.

O envolvimento entre as nações também faz parte de um processo de integração regional para a América do Sul. “A integração regional serve para várias coisas, sobretudo para construir um ambiente de desenvolvimento, de inclusão social e de democracia nos nossos países”, afirma a presidente brasileira.

A volta de Bachelet ao poder para um segundo mandato é vista como um momento especial por Dilma. “Para nós, é um momento, assim, de muito orgulho aqui, vendo, mais uma vez, uma das líderes mais importantes da América Latina assumir a direção de um país como o Chile”, comenta. “A Michelle Bachelet teve um excepcional governo no seu primeiro mandato. É o reconhecimento que esse século, eu sempre digo isso, esse século é do Brasil e esse século é das mulheres. Aqui no Chile eu também acho que é o século das mulheres”.

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Dilma viajou ontem à noite para o Chile:

Um dos desafios da nova mandatária chilena, na visão da presidente brasileira, também é enfrentado pelo Brasil: a desigualdade. “Eu acho que é o desafio dela e de cada um de nós, presidentes dessa região, que é uma região historicamente que teve um grau de desigualdade muito grande – e ainda tem”.

No caso nacional, ela cita como exemplo a “construção de um caminho de oportunidades para o jovem”, que se daria por meio do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). “Você faz aquele vestibular que, na verdade, significa 115 vestibulares. Hoje, entra-se na internet e, através da internet, você tem acesso, com sua nota do Enem, a todas as universidades públicas gratuitas”, que passa a listas todos os outros caminhos possíveis. “Caso não se tenha sucesso nessa parte, passa-se para o ProUni; caso não se tenha sucesso no ProUni, obtém-se um financiamento do Fies para pagar em três vezes o tempo do seu curso mais um ano; ou seja, se for quatro anos o seu curso, você vai pagar em 13 anos. No fim, você tem agora o Sisutec. O que que é o Sisutec? Você faz um concurso para um curso tecnológico. E se nada disso der certo, você pode fazer curso técnico, especializado, de 1,5 anos a 2 anos, que te forma um técnico de alto nível no Pronatec. Então, esse caminho das oportunidades…”, conclui Dilma.

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