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Parlamento russo aprova intervenção militar na Ucrânia

O Parlamento da Rússia aprovou uma intervenção militar na Ucrânia. O presidente Vladimir Putin alega que o envio de tropas é necessário para proteger a população russa que vive na província autônoma da Crimeia.

O texto, adotado pela Câmara Alta do Kremlin, não cita especificamente a Crimeia. Mas, sim «o território da Ucrânia», o que pode abrir caminho para uma intervenção militar em outras províncias ucranianas de maioria russa.

A proposta para uma intervenção militar na Ucrânia veio horas após o governo da Crimeia pedir ajuda à Rússia. Em carta enviada a Putin, o presidente do Conselho de Ministros havia pedido ajuda da Rússia para restaurar a paz na região. A província autônoma está no centro de uma queda de braço entre Moscou e Kiev.

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De acordo com o ministro da Defesa ucraniano, já chega a seis mil o número de soldados russos mobilizados na Crimeia. O Exército ucraniano na região está em alerta máximo. A tensão na Crimeia foi o tema de uma reunião do governo provisório em Kiev, neste sábado.

O primeiro-ministro do Arseni Yatseniuk exigiu à Rússia que retire as tropas da região. Ele afirma que o deslocamento de soldados viola acordos bilaterais firmados entre os dois países.

A crise na Ucrânia começou em novembro, quando o então presidente Viktor Yanukovich cedeu à pressão da Rússia e desistiu de um pacto de associação com a União Europeia. A decisão desencadeou protestos que terminaram com a derrubada do governo, há uma semana.

Crimeia adianta para 30 de março referendo sobre autonomia

Foi adiantado para 30 de março o referendo para decidir o futuro da Crimeia. O governo local havia marcado a votação para 25 de maio, mas decidiu adiantar a consulta, em meio às tensões entre Rússia e Ucrânia.

A província autônoma está dividida em três etnias: 60% são russos, 25% ucranianos e 12% tártaros.

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