Ariel Sharon, em coma há oito anos, «continua em perigo iminente de morte», afirmou neste domingo o diretor do hospital de Tel Aviv onde o ex-primeiro-ministro israelense é tratado.
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«Seu coração é mais resistente do que pensávamos, mas continua em perigo de morte iminente (…) e estou mais pessimista do que antes», declarou durante uma coletiva de imprensa Zeev Rotstein, diretor do Hospital Tel Hashomer, em Tel Aviv. «Suas funções vitais, principalmente renais, não voltaram», indicou o professor Rotstein.
Questionado sobre a possibilidade de uma possível recuperação de «Arik» (o diminutivo de Ariel, cujo nome significa «leão» em hebraico), ele respondeu: «Não sou profeta, mas não há uma saída possível para a crise».
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O estado de saúde do ex-primeiro-ministro, em coma desde um acidente vascular cerebral em 4 de janeiro de 2006, tem se deteriorado lentamente desde quarta-feira.
Sharon será lembrado como aquele que preparou e conduziu em 1982 a invasão do Líbano, quando era ministro da Defesa, mas também como o primeiro chefe de um governo de Israel que realizou uma retirada de parte dos territórios palestinos ocupados desde 1967.
Uma comissão oficial de inquérito concluiu a sua responsabilidade por não ter previsto nem impedido o massacre dos campos de refugiados palestinos de Sabra e Shatila em Beirute, em setembro de 1982, perpetrado por uma milícia cristã aliada a Israel. Ele foi forçado a renunciar, o que não o impediu de se tornar primeiro-ministro em 2001, cargo para o qual foi reconduzido em 2003.
Em 2005, ele surpreendeu ao evacuar a Faixa de Gaza e os 8.000 colonos que se estabeleceram com o seu encorajamento nesta região. Esta decisão provocou fortes críticas por parte da direita e do lobby dos colonos. Em 18 de dezembro de 2005, ele foi hospitalizado depois de um «pequeno derrame», que ele se recuperou rapidamente.
Mas alguns dias depois, em 4 de janeiro de 2006, um «acidente vascular cerebral sério» o levou a um coma profundo, do qual nunca emergiu.