Uma mulher-bomba se explodiu no hall de entrada de uma estação de trem russa ontem, matando pelo menos 15 pessoas no segundo ataque mortal em três dias, enquanto o país se prepara para sediar Jogos Olímpicos de Inverno.
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A mulher-bomba detonou seus explosivos em frente a um detector de metal logo na entrada principal da estação de Volgogrado. Cenas exibidas na TV mostraram uma enorme bola de fogo laranja enchendo a sala com colunas imponentes e muita fumaça saindo pelas janelas quebradas.
Um porta-voz dos investigadores russos disseram que pelo menos 14 pessoas foram mortas. O governador regional fala em 15.
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O presidente Vladimir Putin ordenou que as agências de aplicação da lei tomem todas as precauções necessárias para garantir a segurança, disse seu porta-voz. Um porta-voz da polícia federal disse que medidas seriam reforçadas em aeroportos e estações, com mais policiais em serviço e verificações de segurança mais rigorosas.
Mas o ataque, apenas dois meses depois de uma mulher-bomba matar seis pessoas em um ônibus, na mesma cidade, levantou questões sobre a eficácia das medidas de segurança, que o Kremlin rotineiramente ordena que sejam reforçadas após bombardeios.
Não houve reivindicação imediata de responsabilidade pelo ataque. Mulheres-bomba – conhecidas como “viúvas negras” porque algumas são os parentes de insurgentes mortos – levaram a cabo vários ataques reivindicados por militantes islâmicos.
Volgogrado está logo acima da região rebelde do Norte do Cáucaso, onde há uma série de províncias de maioria muçulmana que inclui a Chechênia, onde a Rússia lutou duas guerras contra separatistas nas últimas duas décadas.
Volgogrado, que durante o regime comunista ganhou o nome de Stalingrado, tem cerca de 1 milhão de habitantes e é um importante centro de transportes no sul da Rússia, cerca de 690 quilômetros a nordeste de Sochi, onde os Jogos Olímpicos terão inicio em 7 de fevereiro de 2014.