Ativistas da organização feminista Femen protestaram nesta segunda-feira em frente a uma igreja de Madri, na Espanha, contra o fato de o governo ter aprovado uma reforma restritiva da lei do aborto. Uma integrante do movimento, inclusive, se ajoelhou no chão e mostrou os seios, onde havia escrito as frases «O Natal é cancelado» e «Aborto livre».
Ao lado dela, outras duas ativistas jogaram um líquido vermelho no chão na porta da igreja «San Manuel y San Benito», pouco depois de os fiéis deixarem o templo ao término da missa da manhã.
Uma das manifestantes, que só quis fornecer seu primeiro nome, Carmen, criticou a forma restritiva do aborto que foi apresentada na sexta-feira pelo governo conservador espanhol. «Estamos retrocedendo à ditadura», se queixou.
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O executivo espanhol apresentou na sexta-feira uma reforma da lei do aborto de 2010, que liberalizava a interrupção voluntária da gravidez nas primeiras 14 semanas.
O anteprojeto de lei aprovado na sexta-feira no conselho de ministros suprime esta liberdade e reduz a possibilidade de abortar apenas a situações de risco para a saúde física ou psíquica da mãe ou em caso de estupro.
A reforma iniciará agora seu caminho em direção ao Parlamento, onde é muito provável que seja aprovada, já que existe maioria absoluta do governante Partido Popular.