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Integrante do Pussy Riot é libertada na Rússia

Em protesto, russo costurou os lábios em apoio ao grupo Pussy Riot / Reprodução/YouTube
Em protesto, russo costurou os lábios em apoio ao grupo Pussy Riot / Reprodução/YouTube

Uma das integrantes do grupo musical Pussy Riot, Maria Alyokhina, foi libertada nesta segunda-feira depois de ser anistiada. «Maria Alyokhina recuperou a liberdade», declarou seu advogado, Pyotr Zaikin, acrescentando que «todos os documentos foram preenchidos e assinados».

 

«Não creio que esta anistia seja um gesto de humanismo, mas uma operação de comunicação», declarou Alyokhina, de 25 anos, ao canal de televisão Dojd. «Se tivesse tido a possibilidade, o teria rejeitado», acrescentou Alyokhina, que denunciou uma lei que permite a libertação de poucos presos, nem mesmo 10%. «O mais difícil na prisão é ver como destroem a gente”, comentou Alyokhina, ao se referir as suas condições de detenção.

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Alyokhina, mãe de um menino, foi condenada a dois anos de prisão em 2012 por vandalismo e incitação ao ódio religioso, junto com Nadezhda Tolokonnikova e Yekaterina Samutsevich.

Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova, condenadas a dois anos de prisão em 2012 por vandalismo e incitação ao ódio religioso, foram anistiadas na semana passada. Espera-se que a libertação de Alyokhina de sua prisão na cidade de Nizhny Novgorod seja seguida pela de Tolokonnikova, atualmente detida na Sibéria. As jovens do grupo haviam cantado uma «oração punk» contra Putin na catedral de Moscou em fevereiro deste ano.

 

Na última quarta-feira, 446 de um total de 450 deputados da Duma – a câmara baixa russa – aprovaram a lei de anistia da qual as duas jovens se beneficiaram.

 

Há algumas semanas, a Suprema Corte ordenou que as condenações das duas integrantes do grupo fossem reexaminadas, ao considerar que os motivos do crime não haviam sido provados. A Suprema Corte enviou o caso ao tribunal municipal de Moscou. Segundo a Corte, o tribunal de primeira instância não forneceu provas de que as duas jovens haviam agido por «ódio contra um grupo social».

 

Samutsevich havia sido libertada em 2012, poucos meses depois de ser condenada. A Justiça considerou que Samutsevich havia sido interceptada pelos guardas da catedral e, por isso, não participou da ação.

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