Quatro anos depois de completar seu primeiro mandato como presidente do Chile, Michelle Bachelet volta ao Palácio de La Moneda com uma vitória arrasadora domingo na votação em segundo turno. A médica socialista promete realizar reformas tributárias e educacionais para atenuar as divisões sociais no país.
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Foi a mais expressiva votação de um candidato presidencial desde a volta da democracia chilena, em 1990.
“O Chile olhou para si, olhou seu caminho, sua história recente, suas feridas, seus feitos, suas tarefas pendentes, e este Chile decidiu que é hora de iniciar transformações profundas”, disse Bachelet no domingo. “Não há dúvida: os lucros não podem ser o motor por trás da educação, porque a educação não é uma mercadoria, e porque os sonhos não são um bem de consumo.”
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As boas escolas chilenas são pagas, e protestos estudantis — alguns violentos — pedindo uma mudança nessa situação contribuíram para reduzir a popularidade de Sebastián Piñera.
Países à esquerda estão na mira da presidente
Sob nova administração, o Chile de Michelle Bachelet deve dar menos prioridade às relações com os governos conservadores da América Latina e se aproximar mais do Brasil e de outros países à esquerda na região. A ex-presidente Bachelet vai reassumir o gabinete em março.
O Chile não deve fazer mudanças radicais sob Bachelet. Além de lidar com uma disputa marítima com o Peru, ela vai reavaliar a Aliança do Pacífico, um bloco comercial estimulado por Sebastián Piñera, que inclui México, Colômbia e Peru, mais orientados para a economia de mercado.
A preocupação de Bachelet é que o Chile construiu esses laços em detrimento das relações com governos mais à esquerda, especialmente o peso-pesado regional Brasil e a vizinha Argentina. Isso é algo que ela quer resolver.