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Perto das eleições, acidente dá munição à oposição argentina

A uma semana das eleições legislativas na Argentina, a oposição ganhou cartucho para atacar Cristina Kirchner. Os rivais da presidente culparam o governo pela má gestão das ferrovias do país. No sábado, um acidente na estação Once, no centro de Buenos Aires, deixou 99 feridos.

“Quando não temos uma política de caráter permanente, as pessoas acabam pagando o preço”, disse à rádio Mitre Sergio Massa, ex-ministro do governo kirchnerista e um dos nomes mais fortes da oposição.

Massa, candidato a deputado federal por sua recém-criada Frente Renovadora, pediu que os transportes sejam “uma política de Estado”. Ele condenou o que chamou de “mesquinharia política” e defendeu a criação de um projeto com duração de 10 anos, “governe quem governe”.

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Presidente está afastada após ser submetida a uma cirurgia na cabeça | Stringer/Reuters
Presidente está afastada após ser submetida a uma cirurgia na cabeça | Stringer/Reuters

Margarita Stolbizer, outra representante da oposição, pediu a renúncia dos ministros do Interior e do Planejamento. Este “é meu trem. Conheço as pessoas que nele viajam, são meus vizinhos. Não se pode viajar com medo”, escreveu ela no Twitter.

O acidente de ontem ocorreu na linha Sarmiento, a mesma onde, no ano passado, 51 pessoas morreram em uma colisão parecida.

 

Alívio

Mesmo com a crise ferroviária, uma pesquisa recente mostra que os kirchneristas podem ter melhor desempenho do que nas primárias.

Segundo levantamento da Management & Fit, 60,4% dos argentinos não querem a vitória de candidatos ligados ao governo, mas apenas 31,1% desejam que a oposição vença. Nas primárias, os rivais de Cristina obtiveram 74% dos votos.

O prognóstico seria efeito da saúde da presidente sobre os eleitores. Cristina fez uma cirurgia para a retirada de um coágulo na cabeça no início do mês. Ela ainda está afastada da presidência.

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